A polícia espanhola deteve nesta quarta-feira seis pessoas suspeitas de uma fraude de US$ 600 milhões contra a Bolsa de Valores de Londres. O caso envolveria um banco brasileiro, cujo nome não foi revelado. A fraude ocorreu em 2003 na Langbar International Ltd., empresa que era listada no Mercado de Investimentos Alternativos da bolsa londrina.

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O Escritório de Fraudes Graves (SFO, na sigla em inglês) do governo britânico começou as investigações no final de 2005 depois de a Langbar, antes conhecida como Crown Corporation Ltd., ter informado à Bolsa de Valores de Londres, em novembro de 2005, que uma auditoria feita por contadores da Kroll Associates não localizou 370 milhões de libras esterlinas, que a empresa acreditava que estariam depositados em um banco brasileiro.

As seis pessoas foram detidas nesta quarta-feira em Madri, Barcelona e Alicante e eram associadas à Crown Corp. (atual Langbar). O nome dos detidos não foi divulgado. Todos são homens com idades entre 56 e 76 anos. Um é de nacionalidade argentina e os outros são espanhóis, informou o SFO.

Segundo as investigações, os seis detidos enganaram os investidores quanto aos recursos que a Crown Corp tinha disponíveis para supostamente investir em projetos em empresas no Canadá e nos EUA. A companhia foi listada na bolsa londrina em outubro de 2003. As seis pessoas teriam se aproveitado da venda das ações que tinham na Crown Corp.

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“Através de operações complexas no mercado de ações, como falsificações, os detidos conseguiram inflar o valor das ações de uma empresa no mercado financeiro, sem depósitos que dessem sustento a esse valor, e tiveram lucro com a venda dos papéis”, disse a polícia espanhola.

A Langbar iniciou um processo contra o ex-dirigente da Crown, Mariusz Rybak, e outros executivos, no final de 2007. Rybak e os acusados concordaram em pagar 30 milhões de libras esterlinas à Langbar em abril do ano passado. As informações são da Dow Jones.

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