Um homem identificado apenas como “Índio”, de aproximadamente 30 anos, foi espancado até a morte na madrugada de ontem, no Portão. Marcos Vinícius Oliveira de Oliveira, conhecido como “Titi”, 26, foi preso, acusado do crime, mas alegou que os agressores seriam dez integrantes de uma torcida organizada.
Socorristas do Siate encontraram “Índio”, por volta das 5h, morto dentro de um imóvel desocupado, na Rua Carlos Dietzsch,com fraturas na cabeça. Havia sangue nas paredes, nos pilares e por todo o chão. Roupas e colchões estavam espalhados.
Quando a polícia chegou, Marcos estava sujo de sangue, embriagado e com algumas escoriações. Em depoimento na Delegacia de Homicídios, ele alegou que tentou defender o amigo de um grupo de torcedores.
De acordo com o detido, ele e “Índio” cuidavam de carros na Avenida República Argentina, quando o bando se aproximou e os agrediu, sem motivo. Durante a pancadaria, ele tentou afastar os agressores e garante que só não se feriu mais por ter experiência em artes marciais.
Ajuda
Assim que o bando se afastou, Marcos teria carregado o amigo até o imóvel. Ele acredita que “Índio” tentou caminhar, o que explicaria as manchas de sangue pelo local. “Não sei ler, não sabia dizer para o Siate o nome da rua e pedi ajuda para um taxista”, explicou o suspeito.
A versão não convenceu o delegado Jaime da Luz, da DH. “O amigo é muito mais pesado que ele, dificilmente ele conseguiria carregá-lo sozinho até a casa. Além disso, as manchas de sangue indicam que as agressões foram na casa”. Marcos ficou preso e foi autuado em flagrante pelo homicídio. O corpo de “Índio” permanece sem identificação no Instituto Médico-Legal.