Foto: Alberto Melnechuky/Tribuna

Ângela assistia à televisão quando foi atacada e teve a casa revirada.

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A casa revirada, paredes sujas de sangue e o corpo de uma mulher caída no assoalho da sala. Essa foi a cena encontrada por policiais militares e investigadores da Delegacia de Homicídios, às 23h15 de quarta-feira, na residência número 20 da rua Pedro Nolasco Pizatto, Mercês, em Curitiba. Poucas informações foram obtidas pela polícia com vizinhos da vítima, identificada no local como Ângela Flabene Correa Machado, 40 anos.

A mulher residia sozinha e, pelas evidências encontradas, foi surpreendida pelos assassinos enquanto assistia televisão, pois o aparelho permaneceu ligado até a chegada da polícia. A vítima foi morta por espancamento e seu corpo arrastado por alguns cômodos da moradia.

De acordo com o investigador Edson, da DH, móveis e objetos da casa estavam fora do lugar, principalmente gavetas do quarto, que estavam reviradas.

De acordo com as primeiras informações levantadas pela polícia, a porta da residência foi arrombada e dois homens a invadiram, para cometer o crime. O que teria motivado o assassinato da moça ainda é desconhecido pela polícia.

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Bagunça e agressões freqüentes

Giselle Ulbrich

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Vizinhos de Ângela contaram que na noite de terça para quarta-feira, ouviram barulhos vindos da residência dela. Em seguida, observaram três homens saindo apressados do local. Um morador estranhou que na quarta-feira, a casa de Ângela passou o dia todo fechada, fato que não era comum. No final da noite, com a movimentação policial na rua, descobriram o porquê do silêncio na casa.

Vários moradores revelaram que Ângela era freqüentemente espancada por pessoas que freqüentavam sua casa e, por isso, não deram atenção, quando ouviram a barulheira. Em outra ocasião, a mulher teve uma discussão com um de seus visitantes, e essa pessoa quebrou o vidro de uma das janelas da casa. Uma moradora revelou que, constantemente, Ângela era ameaçada por pessoas que passavam de carro, xingando e gritando o nome dela.

Outra revelação dos vizinhos foi a de que a casa de Ângela era sempre muito movimentada, com um entra-e-sai constante de pessoas, a partir do final da tarde até a madrugada. A estranha movimentação, com visitas rápidas, fez a vizinhança suspeitar que a mulher comercializasse drogas na residência. Um morador ainda disse que a mulher trabalhava em um posto de saúde, porém de algum tempo para cá aparentava ter abandonado o emprego.