O assassinato da pequena Giovanna dos Reis Costa (foto), 9 anos, ocorrido há quatro meses no município de Quatro Barras, continua cercado de mistério. Os principais suspeitos do crime, Pero Theodoro Petrovitch Vichi, 18 anos, e sua mulher, uma jovem de 15 anos, ainda estão foragidos.
Desde que a prisão preventiva do casal foi decretada, no dia 30 de junho, investigadores da delegacia de Quatro Barras, sob o comando da delegada Margareth Alferes de Oliveira Motta, tentam encontrá-los. Para ajudar nas investigações, o delegado Hamilton Cordeiro da Paz e seus investigadores, lotados na delegacia do Alto Maracanã, também entraram no caso. ?Estamos à disposição da delegada Margareth. Sabemos que ela conta com efetivo reduzido?, disse Hamilton.
O processo corre em segredo de Justiça, por isso, a delegada não fala sobre as investigações, apesar de garantir que os trabalhos estão sendo feitos de forma exaustiva na tentativa de encontrar os acusados. ?Não posso comentar sobre os passos que estamos dando, porque não existe uma decisão formal quanto à quebra do sigilo?, sintetizou Margareth.
Abandonados
O advogado Samir Mattar Assad, que foi contratado pelos Petrovitch, deixou o caso. O defensor não quis falar os motivos que o levaram a tomar tal decisão. Em seu lugar estaria o advogado Marcello Trajano Rocha, porém, a informação não foi confirmada oficialmente.
Suspeita de magia negra
Giovana desapareceu no dia 10 de março, ao sair de casa, no Jardim Patrícia, para vender rifas de Páscoa. No dia 12, ela foi encontrada morta, vítima de esganadura e de violência sexual, nua e amarrada em um matagal perto da casa dela. Várias moradias da região foram vistoriadas na busca de indícios que levassem até o assassino. Dias depois do crime, a delegada encontrou as roupas da menina jogadas ao lado da casa dos Petrovitch, o que fez recair as suspeitas sobre a família.
Da casa dos Petrovitch, foram recolhidos velas, e outros objetos que indicariam um suposto ritual de magia negra. O fato que levou à decretação da prisão preventiva foi a constatação que o carro que estava com Pero tinha sangue humano, apesar de ter sido lavado mais de uma vez. Na casa deles, em Curitiba, foi apreendido um envelope com o nome completo de Giovanna.
Qualquer informação que ajude a polícia a encontrar os acusados pode ser passada à delegacia de Quatro Barras pelo telefone: (41) 3672-1562.