Ao atender o pedido de socorro de Gelvania Martins, 25 anos, que alegava ter um rato embaixo da geladeira, o pai dela, o operador de máquinas Francisco Volney Martins, 52, foi esfaqueado por ela. O caso aconteceu na noite de quarta-feira, na Rua Raul Pompéia, 1825, no bairro Fazendinha. O homem foi levado ao Hospital do Trabalhador, medicado e liberado na madrugada de ontem. A jovem, que segundo a família tem problemas mentais, foi levada ao 8.º Distrito e depois encaminhada para uma clínica médica.

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Terezinha Bueno Martins, mãe da jovem, disse à polícia que Gelvania estava fazendo tricô e assistindo a um telejornal na noite de anteontem. A moça ficou impressionada e não tirava os olhos da televisão, quando viu a notícia de que a Justiça concedeu liberdade à estudante Suzane Louise von Richthofen, acusada de assassinar os pais Manfred e Marísia Richthofen, que ocorreu em São Paulo, no dia 31 de outubro de 2002. Pouco depois Francisco chegou em casa, tomou banho, jantou com a família e foi deitar com a esposa.

Por volta das 22h, Gelvania bateu desesperadamente na porta do quarto dos pais e gritou: "mãe, mãe!". Terezinha abriu a porta e a moça contou que havia um rato embaixo da geladeira e pediu para a mãe olhar. Em seguida, Gelvania foi até o quarto e pediu ajuda ao pai. Assim que ele levantou, ela desferiu um golpe em suas costas.

Desesperada, Terezinha tentou arrancar a faca da mão da moça. Após lutar com a filha, pediu ajuda aos vizinhos, que levaram Francisco ao hospital. Terezinha estava assustada, porque a jovem alegou que "havia escondido várias facas e iria matar toda a família".

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Populares acionaram a Polícia Militar, que encaminhou Terezinha e a filha ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), instalado no 8.º Distrito (Portão). "A moça estava muito agitada. Fomos informados que ela já esteve internada duas vezes e pedimos que uma ambulância da prefeitura a levasse e providenciasse um novo internamento", contou o delegado Antônio Macedo. Ele disse que instaurou inquérito policial de agressão. "Só não ouvimos a moça, porque ela estava sem condições", explicou.