Escapa da prisão o casal de latrocidas

Dois acusados da autoria do latrocínio que vitimou o vice-prefeito de Brasilândia do Sul, Antônio Barros de Souza, 64 anos, e a mulher dele, Alice Zanella Souza, 60, conseguiram fugir na madrugada de ontem, da cadeia de Toledo (Oeste do Estado), juntamente com outros três indivíduos. Márcia Sueli do Nascimento, 24, e o marido dela, Antônio Marcos de Almeida, conhecido pelo apelido de “Carioca”, estavam presos desde 15 de janeiro, quando confessaram a autoria do duplo assassinato para roubar um Ford Fiesta, uma filmadora, um celular e R$ 100,00.

De acordo com informações fornecidas pela polícia, os presos serraram a grade do pátio da cadeia e conseguiram escapar. A fuga só foi notada pela manhã, durante a contagem de presos feita pelo carcereiro. Várias buscas foram feitas na região, porém, até o final da tarde de ontem somente Renato Santos havia sido recapturado.

Problemas

A cadeia de Toledo tem sérios problemas com superlotação. Num espaço destinado a 27 detentos estavam recolhidos 112. Inclusive um pátio externo, construído para servir de solário acabou se transformando em cela. Vivendo em condições precárias, os detentos buscam a fuga de todas as formas. Recentemente membros da Comissão de Direitos Humanos de Toledo estiveram visitando a prisão e alertaram para as condições precárias dos presos e os riscos de fuga.

Latrocínio

Márcia era afilhada do casal assassinado e supunha que seus padrinhos guardavam muito dinheiro em casa. Confidenciou isso ao marido, autor de outro latrocínio em Mato Grosso. Ambos então planejaram assaltar a residência do casal, em Brasilândia do Sul. Convidaram para participar do crime José Carlos Grisine, conhecido por “Carlão” e a mulher dele, que é menor de idade.

Na tarde de 12 de janeiro, recebidos com entusiasmo pelas vítimas, os quatro foram convidados a entrar na casa para tomar refrigrantes. Logo anunciaram o roubo, pois acreditavam que havia um cofre na casa com cerca de R$ 30 mil. Como não encontraram o cofre nem dinheiro, resolveram seqüestrar as vítimas e matá-las por estrangulamento, para que não os denunciassem. Os corpos foram jogados no Rio Verde, em Assis Chateaubriand.

O carro do vice-prefeito foi vendido no Paraguai e o dinheiro dividido entre eles. A polícia chegou aos criminosos através do rastreamento de ligações feitas pelo celular da vítima, que havia ficado em poder dos assassinos. O crime revoltou os moradores da pequena Brasilândia do Sul, cujo prefeito decretou luto de três dias quando os cadáveres foram encontrados.

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