Colocando veneno no iogurte, a diarista Luíza Sousa Regis, 26 anos, matou a própria filha – Larissa, de 3 anos – e em seguida se suicidou. O crime aconteceu às 21h30 de terça-feira, na Rua Raul Kuhn, Vila Leonice, Cachoeira. Há dias a mulher dizia que iria se matar e "levar a filha junto", porém ninguém sabe o que fez com que colocasse em prática o plano fatal.
Ela sofria de depressão, conforme informou uma vizinha, que a viu com a criança pela última vez na noite de terça-feira. A mesma mulher estranhou que no dia seguinte a casa ficou fechada durante todo o tempo e, ao procurá-las, encontrou os corpos em cima de uma cama.
Outros vizinhos comentaram que Luíza veio do Pará e estava separada do marido, que morava com o outro filho do casal, de 6 anos. Suspeita-se que ela também pretendia envenenar o filho, pois um dia antes havia ido até a casa onde ele estava, convidando-o para ficar com ela. O menino se salvou porque se recusou a acompanhá-la.
A veneno utilizado por ela foi o conhecido como "chumbinho", de venda proibida. O produto age no sistema nervoso de quem o ingere, causa convulsões, alteração nos batimentos do coração e paralisação dos pulmões.
A pessoa morre sufocada.
O veneno não tem gosto nem cheiro. Luíza aproveitou essas características e misturou as bolinhas pretas em iogurte de morango. Assim, a criança comeu o veneno sem perceber e só minutos depois sentiu os efeitos da intoxicação que a matou. O mesmo ocorreu com a mulher. Os copos, com vestígios do produto, e algumas embalagens foram encontrados sobre a mesa da cozinha.
O caso foi atendido pelos investigadores Renato e Lima, da Delegacia de Homicídios, e pelos soldados Giovanni e Schultz, do 12.º Batalhão da Polícia Militar.
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