Anderson Tozato |
Prédio na Rua Riachuello era endereço investigado. |
Um envelope encontrado ontem, pelos investigadores da delegacia de Quatro Barras, reforça as suspeitas que recaíam sobre a família Petrovich, quanto ao envolvimento no assassinato de Giovanna dos Reis Costa, 9 anos. O papel encontrado em uma das quatro casas em que Vera Petrovich prestava consultas espirituais, estava vazio e dobrado, mas no seu verso continha uma palavra importante: "Giovanna".
Como apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) os investigadores do município cumpriram quatro mandados de busca e apreensão nas residência da família Petrovich, em Curitiba. Eles revistaram dois apartamentos na Rua Riachuello, no centro, uma casa residência na Rua Doutor Goulin, Hugo Lange, e outra na Inácio Lustosa, também no centro da cidade.
Alguns objetos foram recolhidos. Foi no apartamento do prédio de três andares, no centro, que os policiais encontraram o envelope. "Ele estava dentro da gaveta de uma mesa que fica numa espécie de oratório, onde são feitos trabalhos espirituais", contou a delegada Margarete Alferes Mota. A nova pista será encaminhada à perícia grafotécnica. "Não descarto a hipótese de pedir algumas prisões preventivas", disse a delegada.
Defesa
Segundo Margarete, durante cumprimento dos mandados nenhum membro da família estava nas residências, porém o advogado dos Petrovich, Samir Mattar Assad afirmou que ninguém está foragido. Ele garantiu que todos irão se apresentar na delegacia, na próxima semana, e que todas as acusações são infundadas. "Eles não têm nenhum envolvimento no crime e também querem saber quem é o assassino. Estão sofrendo preconceito porque são ciganos", disse Samir.
Suspeitos
As suspeitas sobre a família surgiram no último dia 17, quando as roupas de Giovanna foram encontradas em um terreno baldio, ao lado da casa deles. A residência, em Quatro Barras, foi vistoriada, e dela os policiais recolheram algumas roupas que estavam de molho, um tapete de banheiro e um colchão, que ainda estão sendo periciados. Três dias depois, Pero Petrovich Theodoro Vichi, 18, filho de Vera, apresentou-se na delegacia de Quatro Barras, e foi preso em flagrante ao mostrar um documento de identidade falso. Por medida de segurança ele foi transferido à delegacia de Campina Grande do Sul, e por falta de provas no envolvimento no crime, foi solto na última quarta-feira.