Mais dois corpos de indigentes foram enterrados, no início da manhã de ontem, no Cemitério do Santa Cândida. O sepultamento de vítimas não reclamadas está entre as medidas emergenciais anunciadas, no início da semana, pelo secretário da Segurança Pública Reinaldo de Almeida César, para reestruturar o Instituto Médico-Legal (IML).
Desde 2008, 119 corpos de pessoas sem identificação estavam empilhados nas geladeiras do órgão. O secretário veio a público, após uma série de denúncias feitas pelo Paraná Online, para confirmar as péssimas condições de funcionamento do instituto.
De acordo com a chefe de serviços do Serviço Funerário Municipal (SFM) de Curitiba, Jucélia Damásio, até a semana passada só tinham sido feitos dois pedidos do IML para sepultamento de corpos.
Da semana passada para cá, foram 26 enterros no Santa Cândida. Jucélia informou que um corpo não pôde ser sepultado, pois não foi localizado pela funerária por erro na numeração do cadáver no IML.
Doze indigentes foram enterrados desde a última segunda-feira, quando o secretário informou em coletiva à imprensa que 65 corpos seriam enterrados em regime de urgência. A chefe de serviços do SFM disse há mais 15 vagas disponíveis no cemitério.
Além do sepultamento de indigentes, o secretário anunciou uma série de investimentos a curto e longo prazo para reestruturar o órgão, entre elas a contratação de funcionários, a compra de viaturas e a construção da nova sede do IML.