Enfermeira abusa da própria filha

O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) prendeu ontem, em Cornélio Procópio, uma enfermeira acusada de abusar sexualmente de crianças. De acordo com a polícia, a mulher que está sendo identificada apenas como "Flor", trabalha num posto de saúde na cidade e teria abusado sexualmente de crianças atendidas por ela dentro do posto e ainda de sua própria filha, de 7 anos.

A enfermeira foi presa pelos policiais do Nucria na porta de sua casa. "Ela estava saindo para o trabalho e quando nos viu, não resistiu à prisão", disse a delegada titular do Nucria, Ana Cláudia Machado. Segundo a delegada, em seu depoimento, "Flor" disse que teria praticado sexo oral e manipulado o órgão sexual da filha, mas negou que tenha abusado sexualmente de crianças dentro do posto de saúde onde trabalha.

Ainda de acordo com a delegada, a filha de "Flor" foi submetida a avaliação psicológica, em que contou ter sido tocada pela mãe. A garota vai ser encaminhada, agora, ao Instituto Médico-Legal (IML) de Londrina, onde passará por exames. "Vamos aguardar o resultados dos exames, que devem sair nos próximos dias", declarou.

A criança deverá ficar provisoriamente sob a guarda do pai, que é separado da enfermeira. A mulher permanece presa na delegacia de Cornélio Procópio e vai responder pelo crime de atentado violento ao pudor e, se condenada, pode pegar de 6 a 10 anos de prisão.

Investigação

O Nucria começou a investigar o caso depois de receber um pedido de apoio da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas, no Estado de São Paulo. De acordo com os policiais, João José Maldonado Villalobos Cruz, também acusado de pedofilia, estava sendo investigado pela polícia paulista.

Ele foi denunciado por uma mulher que o conheceu em salas de bate-papo, na internet. Segundo ela, Cruz enviou fotos de crianças com órgãos genitais expostos e revelou sua preferência por meninos e meninas. A partir daí a polícia começou a monitorar Cruz e descobriu seu envolvimento com a enfermeira paranaense. Uma interceptação telefônica, autorizada judicialmente, comprovou que Cruz e a enfermeira abusaram sexualmente da filha dela.

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