Encontro com a morte

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Com cinco tiros pelo corpo,
Dario caiu ao lado de seu carro.

Pelo telefone celular, Dario dos Santos, 29 anos, marcou o último encontro de sua vida. Em seu Golf, ele esperou parado na Rua Júlio Zandoná, esquina com a Rua Jorge Bley, no Alto Boqueirão, até que o assassino apareceu e o surpreendeu com cerca de dez tiros, às 18h de ontem. O tráfico de drogas pode estar por trás de mais este crime.

Segundo conhecidos, Dario trabalhava no Porto de Paranaguá, cidade onde morava. Acompanhado da esposa, grávida de oito meses, aproveitou o fim de semana para visitar parentes que vivem em Curitiba.

A vítima reuniu-se com dois amigos, ontem à tarde, na Rua Francisco Derosso. "O tempo todo ele conversava com alguém pelo celular. Então falou que tinha marcado um encontro aqui", falou um dos amigos, que preferiu não se identificar, apontando o local do crime.

Dario desceu três quadras, dirigindo o Golf vermelho placa AJJ-0741, e foi com os dois colegas à Rua Júlio Zandoná. Eles desceram do carro e viram um homem moreno, baixo, usando camisa verde e calça jeans, que veio caminhando da Rua Jorge Bley. "O cara chegou perto e começou a atirar. Quase acertou no meu outro amigo", contou a testemunha, que se refugiu escalando o muro de uma casa vizinha.

Dario nem conseguiu esboçar uma tentativa de fuga. Enquanto os colegas corriam, ele foi baleado e caiu ao lado do carro. A perita Jussara Joeckel, da Polícia Científica, contou pelo menos três disparos na cabeça e mais dois nas costas de Dario.

O assassino voltou correndo à Rua Júlio Zandoná. "Ele entrou em um Escort branco, que aguardava na esquina. Havia mais três homens e uma mulher no carro", falou o investigador Castro, da Delegacia de Homicídios, que atendeu o caso com os colegas Gabardo e Marcelo.

Pela ficha criminal, os policiais apuraram que Dario responde a dois processos na Justiça – o tipo e o local destes crimes não foram apurados. "Mas soubemos que a vítima estaria ligada ao tráfico de drogas em Paranaguá. Neste caso, é muito provável que seja um acerto de contas", disse o investigador Gabardo. As testemunhas não revelaram nomes de suspeitos.

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