Corpo deverá ser identificado |
O que parecia uma pessoa dormindo no meio do mato, revelou-se um cadáver em adiantado estado de decomposição. O corpo, descoberto às 8h30 de ontem, estava há, pelo menos, um mês na entrada da mata do setor de Ciências Biológicas, do Centro Politécnico (UFPR), Jardim das Américas, na BR-476. No bolso da calça preta do cadáver, foi encontrado o documento de Celso Taborelli, 33 anos, mas essa identidade ainda não está confirmada.
O vigilante Edilson José de Oliveira, da empresa Centronic, que faz a segurança do Centro, percorria a beira da mata do Centro Politécnico, quando viu um joelho aparecendo entre a vegetação. "Pensei que era uma pessoa dormindo no mato, mas quando fui me aproximando percebi que a situação era outra", relatou Edilson. O crânio, já completamente sem carne, apresentava uma fratura, e, sobre o corpo, foi deixada uma pedra grande que pode ter sido usada contra a vítima.
"Chama a atenção a desuniformidade da putrefação, o que indica de deve ter sido usado algum produto químico sobre a vítima", comentou a perita Vilma, da Polícia Científica. Ela se referia às pernas do homem ainda não estarem no mesmo grau de decomposição do crânio e do peito. Um produto que faria esse efeito seria a cal, mas o corpo passará por exames complementares para que seja determinado o material usado pelo assassino. Em sua avaliação preliminar, a perita identificou uma perfuração de 3 cm na jaqueta jeans e na blusa do morto, provavelmente provocada por uma faca, ou objeto similar.
MistérioO local onde o corpo foi encontrado é pouco freqüentado, inclusive pelos seguranças em suas rondas. "Há poucos dias abriram um caminho ao lado do muro, para permitir que pudéssemos passar por aqui", contou Edilson. Ele resolveu passar por lá "em um impulso", conforme declarou, já que com o feriado, as aulas foram suspensas no prédio sede da universidade. Apesar de estar a cerca de um metro do muro palito que cerca a área, a vítima deve ter andado mais de 50 m, desde a falha do muro, que permite a entrada de pessoas.
Os investigadores Sidor, Castro e Gabardo, da Delegacia de Homicídios, foram até o local e tentavam descobrir se a identidade encontrada, emitida em Santa Catarina, pertencia realmente à vítima.