A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) deu por encerrado o inquérito que investigava a morte do estudante Lucas Augusto Carvalho, ocorrida em 5 de setembro, perto do Shopping Mueller. Sete skinheads – entre eles quatro adolescentes – são apontados como autores do crime.
O delegado Vinícius Martins, da DFR, apurou que os sete envolvidos estavam armados com facas e todos golpearam a vítima. Os skinheads teriam confundido Lucas com outra pessoa, que feriu um dos integrantes do grupo a facadas, três meses antes.
Estão presos Gabriel Cata Preta, 18 anos, e Fernando Santana, 29, que já têm antecedentes criminais por tráfico de drogas. Jean Michel Zampiva Mattos, 23, foi o único a não ter a prisão solicitada à Justiça, pois, segundo o delegado, ele colaborou com as investigações.
Enquanto todos jogavam a culpa uns nos outros durante uma acareação na delegacia, feita na semana passada, Jean foi o único que confessou o crime e detalhou a participação e arma de cada um dos envolvidos no assassinato. A faca que ele usou foi a única apreendida.
Latrocínio
Todos foram indiciados por latrocínio (roubo com morte), pois a carteira e dinheiro do estudante foram levados pelos assassinos. “Sabemos que o objetivo maior do grupo não era o assalto. Mas caberá agora ao Ministério Público decidir se denuncia os jovens por homicídio ou latrocínio”, explicou o delegado. Os quatro adolescentes, de 13, 17 e dois com 16 anos, também foram ouvidos na DFR, e o inquérito irá para a Delegacia do Adolescente.
O que levou a polícia a denominar o grupo como de skinheads foram as fotos que encontraram dos envolvidos em várias redes sociais pela internet. Nas imagens, seis deles aparecem fazendo poses e gestos relacionadas ao nazismo.
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