Foto: Átila Alberti/Tribuna
Caminhonete de empresário ficou perfurada de balas.

O roubo de R$ 300 mil em jóias resultou em perseguição, troca de tiros e prisão da própria vítima, que tinha mandado expedido pela polícia de Cuiabá, Mato Grosso.

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A confusão começou na manhã de quarta-feira, no Contorno Sul, e acabou apenas à tarde, no centro de Curitiba.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, o dono de um escritório de compra e venda de jóias seguia para São Paulo, onde funciona sua empresa, junto com a mulher e o filho. Eles levavam uma sacola com R$ 300 mil em jóias. Por volta das 11h, ele conduzia sua caminhonete Hilux Toyota, placa DRH-4481, SP, pelo Contorno Sul, quando começou a ser perseguido.

Os bandidos usavam um giroflex no veículo, o que fez a vítima acreditar que fossem policiais. O empresário parou a caminhonete, mas quando percebeu que seria assaltado seguiu pela rodovia. Os veículos atingiram cerca de 170 quilômetros por hora, quando os marginais emparelharam e começaram a atirar.

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A caminhonete foi atingida por sete disparos de pistola ponto 40 e por pouco o empresário e sua família não foram feridos.

A perseguição continuou por alguns quilômetros até os marginais atirarem nos pneus da caminhonete. Quando se aproximavam de um posto da Polícia Rodoviária Federal, os assaltantes pareceram desistir e pegaram outra estrada.

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A família então chamou a polícia e a caminhonete foi guinchada até uma loja de pneus, no centro de Curitiba.

O veículo estava no conserto quando, por volta das 15h, a mulher e o filho resolveram almoçar. Ela apanhou a sacola e ao chegar à porta da loja, recebeu voz de assalto. Dois marginais levaram a sacola recheada de jóias. A polícia ainda não apurou se foram outros ladrões que cometeram o assalto ou se eram comparsas dos primeiros assaltantes que perseguiram a família.

Levado à DFR para prestar depoimentos o delegado descobriu que o empresário estava com mandados de prisão por roubo e formação de quadrilha. Ele ficou preso até que seja esclarecido como está sua situação perante a Justiça.

Mais uma encrenca com jóias

Um casal de empregados acreditou que conseguiria fazer fortuna fácil furtando sorrateiramente jóias da casa de uma família de classe alta de Curitiba. Entretanto, o plano não deu certo e Josemar Borghetti, 41 anos, e Lígia Padilha Nalevaico, 43, foram presos. Ele trabalhava como motorista da família e ela como empregada. Juntos, roubaram cerca de R$ 300 mil em jóias e prataria dos patrões.

Os donos da casa deixaram a residência onde moravam, na Vila Hauer, para um tratamento de saúde no exterior. Durante os meses de março e setembro do ano passado os funcionários fizeram a "limpa" na residência. Quando os patrões voltaram, viram o desfalque e acionaram a polícia. Josemar e Lígia foram interrogados e, na casa deles, no Bairro Alto, a polícia encontrou algumas jóias e objetos da casa onde trabalhavam. O restante do material furtado não foi recuperado. Por estarem fora do período de flagrante eles foram ouvidos e liberados. Depois de interrogado, o casal desapareceu.

Preventiva

O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, pediu a prisão preventiva dos acusados e, na última terça-feira, eles foram encontrados. Josemar e Lígia desfrutavam da fortuna na chácara de parentes em Araucária, onde foram presos pelo tenente Razaera, da Polícia Militar. Levados à delegacia, Lígia apenas lamentou e defendeu seu comparsa: "Deus é grande e vai me tirar dessa situação que me meti. Nunca fiz nada de errado antes", disse ao delegado. O ex-motorista negou sua participação no crime e pediu para ser removido ao Complexo Médico Penal, pois afirmou que sofre insuficiência renal. A mulher foi levada ao 9.º DP.