Vítima havia deixado o escritório pouco antes de morrer. |
Provavelmente por engano, o empresário do ramo de reflorestamento Carlos Antônio Duda, 56 anos, foi brutalmente assassinado, no início da noite de segunda-feira. Ele foi baleado dentro de sua camioneta L200, Mitsubishi, placa AFQ-0055, de Tunas do Paraná, ao deixar seu escritório na Rua Recife, no Cabral. Ao ser ferido com oito tiros de pistola calibre 380, Carlos foi socorrido, mas a caminho do hospital não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu dentro da ambulância.
Segundo o delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, titular da Delegacia de Homicídios, testemunhas contaram que, por volta das 19h40, o empresário saiu do seu escritório, passou na panificadora, situada na mesma rua, e antes de entrar em sua camioneta foi abordado por um homem que pilotava uma motocicleta CG-125, cor verde, sem placa. Depois de conversar rapidamente com o indivíduo, Carlos entrou no veículo, e após trafegar por alguns metros, o motoqueiro encostou ao lado da camioneta e efetuou os disparos. Em seguida, o assassino, que trajava roupa preta, fugiu em alta velocidade.
Terras
Depois de ouvir familiares e amigos da vítima, o delegado traçou a principal linha de investigação para o crime: brigas por terra. Segundo Cartaxo, o sócio de Carlos vinha sofrendo ameaças de morte há algum tempo, em decorrência da disputa por terras em Tunas do Paraná. A área, que possui plantação de pinus, vinha sendo disputada entre ele e um grupo de quatro homens. O bando já foi identificado pela polícia e um dos suspeitos possui uma extensa ficha criminal por estelionato. Portanto, a polícia acredita que o alvo dos marginais não era Carlos, mas o sócio dele. A camioneta que o empresário usava quando foi morto pode ter sido o motivo do engano, uma vez que ele havia comprado o veículo há um mês do sócio. "Acredito que o assassino abordou o empresário perguntando pelo sócio dele. Apesar de negar ser a pessoa procurada, o marginal não acreditou e cometeu o crime", contou o delegado, lembrando que todos os suspeitos estão identificados e que se trata de pessoas perigosas e com grande poder aquisitivo.