Assassino invadiu o escritório da Eletro Fidalgo, na Vila Fanny, e matou o dono e a secretária.
Deitados no chão, com as mãos na cabeça, um empresário e sua secretária foram executados, lado a lado, com tiros na nuca, dentro do escritório da empresa onde trabalhavam. O crime, envolto em grande mistério, aconteceu às 15h30 de ontem, no quilômetro 101 da BR-476, na Vila Fanny.
O que intriga a polícia é que o autor do duplo homicídio poupou uma testemunha ocular. O assassino não era conhecido das vítimas e fugiu sem levar nenhum pertence delas ou da empresa.
Luís Silva Fidalgo, 42 anos, era proprietário da Indústria e Comércio de Máquinas Operatrizes Fidalgo. Ao seu lado trabalhava sua prima, Gisele Cristina Duarte, 25, que era sua secretária. Os dois estavam sozinhos, na segunda-feira, quando tiveram o primeiro contato com o homem que iria matá-los. O assassino apareceu no escritório com a desculpa de pedir emprego e depois foi embora, sem levantar qualquer suspeita. Segundo a polícia, a visita foi o pretexto usado pelo criminoso para que ele visse quem eram seus ?alvos?.
Na tarde de ontem o desconhecido voltou na empresa por volta das 14h. Desta vez, alegando que queria comprar uma máquina. Gisele achou estranho e comentou com um funcionário, sem dar a devida importância para o retorno do homem. O funcionário o viu tomando um copo de água e voltou para o trabalho.
Por volta das 15h30, quando o funcionário entrou no escritório para apanhar dinheiro para comprar uma peça, ele presenciou os últimos momentos de vida do seu chefe e da secretária. E, por pouco, também não foi morto.
Execução
Gisele e Luís estavam deitados no chão, com as mãos na cabeça, enquanto o assassino apontava a arma para eles. Assim que o funcionário entrou na sala, também foi obrigado a deitar-se no chão. Luís pedia calma e dizia que tinha dinheiro no bolso, mas isso parecia não interessar ao criminoso, que atirou na nuca do empresário e da secretária, a curta distância, demonstrando muito sangue frio. Eles morreram com as mãos na cabeça. A vida do funcionário foi poupada. ?Nem olhei para o lado. Apenas ouvi os tiros e depois que ele foi embora corri para pedir ajuda?, contou.
Pessoas disseram que viram um veículo Tempra prata deixar a empresa em alta velocidade, mas que não conseguiram anotar a placa porque ela estava coberta.
É mistério também o motivo do crime, pois as vítimas não conheciam o assassino e o empresário não tinha inimizades nem dívidas. Segundo testemunhas, o criminoso é um homem de pele clara, estatura média, cabelo claro raspado, usava costeleta fina e trajava camisa azul e calça jeans. Qualquer informação que ajude nas investigações pode ser passada à Delegacia de Homicídios pelo telefone 3262-2641.