Quando almoçava nas dependências da obra que tocava como empreiteiro, Francisco Rodrigues de Souza, 43 anos, foi surpreendido a bala por um pedreiro que trabalhava na mesma construção. O crime aconteceu às 12h25 de ontem, na Rua Luiz França, Cajuru. Segundo os funcionários da obra, a ira do assassino teria sido motivada pela recusa da vítima em fazer o acerto de R$ 35,00 na segunda-feira.
De acordo com os homens que presenciaram a execução, Francisco estava almoçando na casa de uso dos funcionários, quando o pedreiro, identificado como Valdecir, chegou com a arma em punho. No mesmo cômodo dois pintores e um outro pedreiro faziam companhia à vítima. Valdecir teria estacionado um veículo Monza em frente à construção e bastante nervoso, ido logo em busca de Francisco. “Ele começou a xingar o ?Chico? e depois atirou várias vezes. Enquanto isso a gente se jogou no chão e esperou até ele ir embora”, contaram os funcionários.
Segundo os trabalhadores, Francisco era o responsável pelo pagamento de alguns deles. Na tarde de segunda-feira, o acusado teria pedido parte do dinheiro, e o empreiteiro negou-se a pagar. Este seria o motivo que levou o operário a assassinar o colega de trabalho.
Investigação
No , a perita Solange Corte constatou que Francisco foi morto com dois tiros no rosto, um em cada lado, e outros três que o atingiram no peito, na axila e na lateral do tórax. Poucas informações sobre o autor do crime foram apuradas pelos investigadores da Delegacia de Homicídios, já que a maioria dos pedreiros preferiu manter-se em silêncio. A única pista que pode levar ao paradeiro de Valdecir é que ele é morador do município de Rio Branco do Sul. Nos próximos dias, os 20 funcionários da construção serão chamados para ser interrogados na especializada.
