O caso de Emanuele Gabardo, que parou o centro de Curitiba na noite de segunda-feira (4), ainda não chegou a um final definitivo. A garota, grávida de cinco meses, que ameaçava atentar contra a própria vida em frente a Praça Osório, paralisou o trânsito por quatro horas e meia na região. Além do tumulto causado e ameaça à vida dos transeuntes, Emanuele atropelou com seu carro uma moto da Polícia Militar. A PM teve que se fazer presente e isolou quase toda a área da praça para fazer a proteção necessária.
Visivelmente transtornada, após a fuga, a moça foi encaminhada para uma clínica de atendimento psicológico onde está internada. Segundo informações da própria Polícia Militar, ela deve se entregar pacificamente após o tratamento. A partir de então, o próximo passo seria prestar contas às polícias Civil e Militar. Na Polícia Civil ela deve responder por Porte Ilegal de Armas e Disparo em Via Pública. Já o 12º batalhão da Polícia Militar deve abrir inquérito para avaliar os prejuízos causados na viatura, quando Emanuele fugiu.
O Coronel Jorge Costa Filho, da Polícia Militar, afirma que não houve qualquer tipo de tratamento privilegiado para a moça por ela ser filha de um policial. Inclusive, o dono da arma usada pode ser devidamente responsabilizado, segundo o Coronel Costa. Ele afirma também que “o que nós temos que deixar bem claro é que o único motivo para darmos um tratamento diferenciado é porque se tratava de uma moça grávida. No estado em que ela se encontrava, havia sério risco de ela perder a criança”, e completou, “o trabalho da polícia é, acima de tudo, preservar a vida humana”.