As mortes dos policiais militares Nilson Pinheiro da Veiga e James Wilson Camargo, crimes que aconteceram praticamente ao mesmo tempo, em locais diferentes, continuam um mistério. Há quem diga que os assassinatos estejam relacionados a uma ordem de facção criminosa, existem possibilidades de que tenham acontecido por vingança ou de que tenham sido dois homicídios isolados, que poderiam até ter relação com as drogas, mas nada foi confirmado.

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O soldado Nilson Pinheiro da Veiga, de 38 anos, lotado no 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM), há quase oito anos era policial militar. Ele foi morto com 13 tiros, às 20h18 desta terça-feira (19), dentro de um Pálio, na Rua Doutor Levy Buquera, no Sítio Cercado. Os autores estariam em uma moto e teriam apenas se aproximado do veículo.

Já o soldado James Wilson Camargo, de 39 anos, que era do 22º BPM, atuava como PM há 17 anos. Ele foi morto às 20h23, dentro de um Celta vermelho, no pátio de um posto de combustível na BR-116, na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, região metropolitana de Curitiba (RMC). O autor do crime, que estaria de regata vermelha, chegou e fugiu em um carro. Um suspeito da morte foi preso ontem.

Logo depois dos dois assassinatos, muitos boatos começaram a circular, inclusive com áudios nas redes sociais, em que homens, dizendo ser policiais, alertavam para um possível ataque contra PMs, vindo de facções criminosas. A PM, através da assessoria de imprensa, divulgou nota em que diz descartar a possibilidade de envolvimento de facções e afirma que vai apurar as circunstâncias dos crimes, através de procedimento interno, mas que a investigação será da Polícia Civil.

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De acordo com a corporação, os dois policiais estavam afastados dos serviços operacionais para tratamento de saúde. Ambos os policiais militares estavam de folga no momento dos crimes. No caso do soldado morto em Colombo, a arma e o colete balístico, usados por ele, foram recolhidos à corporação, conforme informou a PM.

Violência correu solta no setor policial na noite desta terça-feira (19). Fotos: Gerson Klaina.

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O comandante geral da PM, coronel Maurício Tortato, afirma que os dois assassinatos sequer têm relação entre si. “Os levantamentos feitos até agora, tanto pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar, quanto pela Polícia Civil e Departamento de Inteligência do Paraná, apontam que são casos isolados e sem ligação com o crime organizado”, esclarece. De acordo com a Sesp, foram feitas consultas a órgãos de inteligência outros estados e nenhum indício de envolvimento com facções criminosas foi encontrado.

Os áudios divulgados ainda comentavam sobre atentados a outros dois policiais, mas mais uma vez a PM não confirmou e disse que não houve registros sobre estes casos. “É apenas fruto da viralização nas redes sociais e que não são verdadeiros”, disse o comandante, que alertou ainda que as duas mortes devem ser esclarecidas em breve.

O esclarecimento, com urgência, é o que pede a Associação de Praças do Estado do Paraná (Apra), que, além das denúncias de facções criminosas e de vingança, recebeu informação até de que os dois policiais mortos estariam envolvidos com as drogas. “São apenas suposições, mas indiferente do motivo que levou ao crime, nós precisamos que a polícia descubra com urgência o que de fato aconteceu, porque de qualquer forma foram dois policiais militares que morreram”, explicou Orélio Fontana Neto, presidente da Apra.

O as,sassinato em Colombo é investigado pela Delegacia do Alto Maracanã, enquanto a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu as apurações sobre o policial morto em Curitiba. Os dois crimes estão sendo acompanhados pelo Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) e pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp).

Primeiro crime aconteceu na Vila Zumbi dos Palmares.

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