Em liberdade, vereador volta ao cargo

Depois de passar 32 dias preso, acusado de maus-tratos a seu enteado, o vereador Joaquim Gonçalves de Oliveira (PMN), o ?Oliveira da Ambulância?, 55 anos, voltou a exercer seu cargo em Colombo. Ontem, ele compareceu à sessão da Câmara, onde contou com o apoio de vários eleitores que participaram da sessão. Até a decisão final da Comissão de Ética, quanto ao pedido de cassação de mandado, ?Oliveira da Ambulância? vai trabalhar e receber seu salário normalmente.

O vereador chegou acompanhado do seu advogado Cláudio Dalledone Júnior. Antes de entrar no plenário, ele foi cumprimentado por vários eleitores, que carregavam faixas, dizendo que a prisão do vereador teria sido fruto de armação política. Durante a sessão, ?Oliveira Ambulância? agradeceu as orações e o apoio dos amigos. ?Temos altos e baixos na vida e nada é por acaso. Colhi muitas experiências enquanto estive preso por um crime que não cometi?, disse ele, afirmando não ter espancado ou acorrentado seu enteado de 9 anos.

Quando foi preso, vereador renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara, e pediu licença de 120 dias. Como saiu antes da cadeia, voltou ao cargo. O advogado do vereador, que conseguiu a liberdade provisória de seu cliente, encaminhou um pedido ao Conselho de Ética da Câmara Municipal para a paralisação do processo de cassação do mandado, até que seja encerrado o processo criminal. O Ministério Público ofereceu denúncia contra o vereador por tortura, mas Dalledone contestou, porque a denúncia teria sido feita sem os laudo de corpo de delito do menino.

Votação

?Oliveira da Ambulância? teve uma votação que ficou para a história do município. Ele foi eleito com mais de 4 mil votos. Mesmo depois de preso, a Casa do Povo, mantida pelo vereador, continuou funcionando. ?Nesta casa ele presta atendimento odontológico, jurídico e ainda ajuda pessoas a conseguir empregos. A prisão dele foi o maior absurdo que já vi na vida?, disse Vanderli Aparecida Rodrigues, que garante conhecer ?Oliveira da Ambulância?, há 25 anos.

O vereador foi preso depois de ser acusado de espancar o enteado de 9 anos e prender uma corrente na perna do menino. Segundo o garoto, durante o trajeto entre os municípios de Colombo e Piraquara, Oliveira lhe deu vários socos no rosto e, quando chegaram na casa da mãe da criança, o vereador o acorrentou.

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