Desde que foi aberta oficialmente a temporada de verão, no último dia 11 de dezembro, o Corpo de Bombeiros já registrou quatro mortes por afogamento nas praias paranaenses. Em dois dos casos as vítimas morreram ainda dentro da água. Em outros dois, foram socorridas pelos salva-vidas, mas não resistiram aos problemas ocasionados pelo afogamento. Um jovem que desapareceu na ilha do Mel na tarde da última terça-feira (21) ainda não foi encontrado.
O primeiro caso de morte foi registrado no sábado (18). Uma menina 15 anos se afogou enquanto se banhava no balneário de Ipacaraí. Seu corpo somente foi encontrado no domingo (19), a cerca de um quilômetro do local onde o desaparecimento ocorreu. Momentos depois de encontrar a menina, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender outros dois incidentes. Uma garota de apenas nove anos que brincava na praia e um homem de 55 foram surpreendidos pela força das águas e acabaram se afogando. Amigos e familiares da menina tentaram prestar os primeiros atendimentos, porém, ela morreu ainda na areia, assim como homem.
Na tarde de ontem (21), outra morte e um desaparecimento foram registrados. Bismar Cabral (67) nadava no rio Pequeno, a 30 quilômetros de Antonina quando foi levado pela correnteza. Seu corpo foi encontrado logo depois do afogamento, cerca de 200 metros do local do incidente. Na mesma tarde, três turistas de Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba (RMC)se banhavam na entrada de uma gruta na Ilha do Mel quando foram levados pelas ondas. Duas pessoas foram resgatadas sem ferimentos, mas um jovem de 25 anos ainda está desaparecido.
O Corpo de Bombeiros ressalta que em ambos os casos não havia postos de salva-vidas nos locais e que no incidente da ilha do Mel uma bandeira preta estava hasteada com a indicação de perigo.
O tenente Leonardo Mendes, do Corpo de Bombeiros, falou com a reportagem da Rádio Banda B e demonstrou preocupação com os números registrados pela corporação. “Os afogamentos começam a ser registrados a partir dos feriados de natal e ano novo. Estamos realmente preocupados com esta situação. No ano passado, nos primeiros 10 dias de Operação Verão, registramos apenas um afogamento, agora já temos cinco casos”, afirmou o tenente. Mendes disse ainda que a população deve evitar se banhar em locais onde não existem postos dos bombeiros. “As pessoas não têm a percepção real do risco que correm. O cidadão deve seguir as orientações contidas nas bandeiras”, alerta.
