Seis meses depois do cruel assassinato da professora de música Hella Gilda Walp Epp, 60 anos, morta em 22 de abril deste ano, os investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) chegaram até um dos acusados de participar do crime. Pedro das Neves, conhecido por "Pedrinho", confessou que participou do seqüestro da professora junto com outros dois comparsas – Paulo Perbone, o "Paulinho" e Valmir Cordeiro, o "Grilo" -ambos mortos por ele dias depois do assassinato de Hella.
De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular da DFR, na terça-feira os investigadores Righetto, Bira e Antônio localizaram o marginal em uma casa no bairro Centenário.
Pedro disse que participou do seqüestro, mas negou participação no homicídio. "Não era para ter matado a mulher, por isso quando soube que eles fizeram isso eu mesmo matei os caras. Dei um tiro na boca do "Grilo" e quatro na cabeça de "Paulinho", contou.
O delegado afirmou que os dois crimes estavam sendo investigados pela delegacia de Piraquara, local onde os corpos dos marginais foram encontrados. "Acredito que Pedro também tenha participado da morte da professora e que ele matou os comparsas para não ser entregue por eles", finalizou Recalcatti.
Crime
Hella foi seqüestrada pelo trio, em 22 de abril, quando chegava em casa, no Jardim Social. Horas depois ela foi encontrada morta na Rua Rio Cubatão, no Jardim Weissopolis, em Pinhais. A professora trafegava com seu Santana Quantum, placa BAB-0099, quando foi abordada pelos marginais, que ordenaram que ela permanecesse no carro. Por volta de 21h30 do dia do crime, o veículo foi encontrado próximo a uma chácara no Jardim Holandês, o que fez policiais militares procurarem o endereço do proprietário e descobrir o desaparecimento da professora de música. Hella foi morta por estrangulamento. "Acho que eles a esganaram para exigir algo e acabaram matando", disse o delegado. Na época os marginais roubaram o violino e o som do carro da vítima, que foi trocado por drogas.
