Um casal foi preso com mais de R$ 680 mil em notas falsas, no final da tarde de quarta-feira, no Cajuru. Os dois são suspeitos de integrar uma grande rede de distribuição de dinheiro falso na região de Curitiba. A apreensão, segundo a PF, é a maior já realizada no Brasil pelo órgão. O nome dos presos não foi divulgado.
De acordo com a PF, o distribuidor das notas, homem, de 50 anos, e uma mulher, de 30, eram monitorados há alguns dias e foram abordados quando trocavam as notas. Ao todo foram apreendidos R$ 682 mil em notas falsas de R$ 20, R$ 50 e algumas de R$ 100. A maior parte das cédulas foi encontrada na casa do distribuidor. A mulher disse que pretendia trocá-las nas imediações do Estádio Couto Pereira, durante a final da Copa do Brasil, disputada por Coritiba e Palmeiras. Cada nota falsa era vendida, segundo a PF, a dez por cento do valor de face.
Qualidade
O delegado Paulo Renato Herrera, da PF, comentou que as notas são de boa qualidade e pelo volume apreendido não se destinavam apenas à capital. O casal foi preso em flagrante pelo crime de moeda falsa e levado à Superintendência da PF no Santa Cândida. Ainda de acordo com a PF, as investigações continuam no sentido de descobrir onde as cédulas eram produzidas.
A investigação identificou um grupo que estava fazendo um grande derramamento de notas falsas em Curitiba. “Conseguimos acompanhar os passos deles nesta semana e no final da tarde realizamos a abordagem com sucesso”, disse o delegado.
As notas apreendidas foram encaminhadas ao setor técnico-científico da PF, onde serão periciadas no laboratório especializado, para, assim ser encaminhada ao Banco Central, responsável pela destruição das cédulas.
Pena
A falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. De acordo com o Banco Central, quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação, depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa-fé, pode ser condenado de 6 meses a 2 anos de detenção.