Investigações iniciadas há 15 dias pela Polícia Federal (PF) terminaram com a apreensão de grande quantidade de drogas sintéticas e dinheiro, na tarde de ontem. Os curitibanos desempregados Murilo Urbano Antunes, 24 anos, e Elton Mariano de Oliveira, 21, além do produtor cinematográfico carioca Marco Dias Bittencourt e Silva, 23, foram pegos com 5 mil comprimidos de ecstasy, 1,1 mil pontos de LSD, cerca de 50 gramas de maconha, a mesma quantidade de haxixe e cerca de R$ 27 mil em dinheiro.
Também foram apreendidos com o grupo seis celulares, um caderno com nomes de supostos clientes e um veículo Celta. A venda das drogas, estima a Polícia Federal, poderia render entre 300 mil a quase 500 mil reais.
De acordo com o delegado Rosalvo Ferreira Franco, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, as investigações começaram há cerca de 15 dias com base numa denúncia anônima. A informação dava conta que Murilo e Elton traficavam em festas rave. Desde então, agentes federais começaram a investigar e monitorar a dupla. Na tarde de ontem, por volta das 14h, policiais seguiram a dupla até um hotel, próximo à Rodoferroviária.
No hotel, os dois ficaram por cerca de uma hora e saíram acompanhados de Marco. Enquanto o carioca se despedia dos comparsas, para voltar ao Rio de Janeiro, os agentes federais abordaram o grupo. Ao indagarem se eles estariam fazendo algo ilícito dentro do hotel, os suspeitos calmamente confirmaram que traficavam drogas. O delegado explica que, como o tráfico de drogas é um crime que não necessita de mandado de busca e apreensão, os policiais foram revistar o quarto em que estavam Elton e Murilo. Lá localizaram todo o material apreendido.
Lucrativo
Elton relatou ao delegado que esta era a segunda vez que pegava drogas de Marco. Na primeira vez, há cerca de um mês, confirmou que comprou 500 comprimidos. Tirou os R$ 4,5 mil que usou para comprar o material e ainda lucrou R$ 5 mil. Na segunda encomenda, pagou R$ 27 mil pelos entorpecentes e ficou de pagar depois mais R$ 25 mil. Além das festas em Curitiba, o delegado acredita que eles também comercializavam as drogas em festas nos litorais paranaense e catarinense.
Os três foram autuados por tráfico e associação ao narcotráfico, crimes que podem mante-los entre cinco e 15 anos na cadeia. Marco não será recambiado ao Rio de Janeiro. Como o crime foi cometido aqui, ele permanecerá no Paraná respondendo processo.