Duplo homicídio se torna um mistério para polícia

O telefonema de um advogado revelou à polícia um caso de duplo homicídio, cometido em uma residência na Rua Francisco Drula Sobrinho, Uberaba. As vítimas – Roberto Melan, 45 anos, e Cláudio Augusto Batisti Cossio, 40 -, dividiam o aluguel da casa e foram mortos cada um com um tiro na cabeça, provavelmente durante a madrugada de ontem. O caso ainda é mistério para investigadores da Delegacia de Homicídios.

O advogado Lúcio de Matos Júnior, que também é coronel reformado da Polícia Militar, ligou às 10h30 de ontem para a DH e contou que Roberto, seu cliente, e Cláudio haviam sido assassinados. Matos esperou os investigadores Laertes e Edineu na BR-277 e os conduziu à residência das vítimas, bem em frente a um dos portões de entrada da Sanepar. Segundo o advogado, um homem ligou para seu celular sem se identificar e comunicou os assassinatos.

O corpo de Cláudio foi encontrado no quarto. Roberto estava na garagem, caído sobre um coldre camuflado do Exército. A porta permaneceu aberta e a TV ligada. Analisando os cadáveres, a perita Jussara Joeckel, da Polícia Científica, calculou que o crime ocorreu no início da madrugada de ontem. A estimativa coincide com o comentário de vizinhos, que disseram ter escutado tiros entre meia-noite e 1h. “Roberto pode ter sido morto com a própria arma”, suspeita a perita, referindo-se à posição do coldre.

Carro

Cláudio e Roberto eram inquilinos de Maria Iurkiw havia quatro meses. A mulher disse que apenas Roberto trabalhava, mas não soube dizer em que atividade. “Pareciam pessoas de bem e só eram visitados por parentes. Não sei o que pode ter ocorrido”, falou a senhoria. As vítimas tinham um carro, que desapareceu do local do crime. Uma testemunha, que não se identificou, disse ter visto um Gol branco parado em frente à casa das vítimas na manhã de ontem.

Segundo o investigador Laertes, o advogado disse que na véspera recebera a visita do cliente. “Havia um problema com o carro da namorada de Roberto”, explicou o policial, sem descartar a relação do crime com tal questão. Matos, que afirmou não conhecer Cláudio, foi chamado a depor oficialmente na Delegacia de Homicídios. “Ele deve saber outros detalhes da vida de Roberto”, acredita Laertes. A origem do telefonema recebido pelo advogado também será investigada.

A DH recolheu no local do crime uma pasta repleta de documentos das vítimas. Entre eles, um atestado de antecedentes criminais assinado em cartório, comprovando a ficha limpa de Cláudio.

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