Há pouco mais de dois meses, Luís Silva Fidalgo, 42 anos, proprietário da Indústria e Comércio de Máquinas Operatrizes Fidalgo, e a sua prima e secretária, Gisele Cristina Duarte, 25, foram brutalmente assassinados. O crime aconteceu dentro da empresa, situada na Vila Fani, e, até hoje, a família luta em busca de respostas e de justiça.
Luís e Gisele estavam na empresa quando um homem foi até lá em busca de emprego. Era apenas um pretexto para se aproximar das vítimas. O assassino obrigou os dois a se deitarem no chão e os executou com tiros na nuca. Até hoje, a família não descobriu o motivo do crime. De acordo com a delegada Daniele de Oliveira Serigueli, da Delegacia de Homicídios, as investigações estão adiantadas. ?Há várias linhas, mas não vamos revelá-las para não comprometer nosso trabalho. O que posso garantir é que há um mandante e um executor?, diz ela.
Amor
Luís deixou dois filhos, de 19 e 12 anos. O mais velho foi obrigado a assumir a gerência da empresa e mudar o turno da faculdade. ?Não sabemos quem são os assassinos e nem porque cometeram este crime. Por estarem soltos, preferi que meu filho fosse estudar pela manhã, por ser mais seguro?, disse a viúva, Josiane Cristina Silva Fidalgo, 42 anos.
Gisele também deixou dois filhos, de 10 e 7 anos, sendo o mais novo portador de deficiência mental. Hoje, as crianças moram com a avó e recebem ajuda financeira do pai de Luís. ?Conheci meu marido aos 4 anos no jardim de infância. Começamos a namorar aos 12 anos e nos casamos ao 22. Ficamos 20 anos juntos e, hoje, sinto que uma parte de mim se foi. Cada um de nós morreu um pouco junto com ele O que queremos é descobrir quem e porque cometeu tamanha crueldade?, finalizou Josiane.