A Delegacia de Homicídios espera receber hoje o retrato falado do pistoleiro de aluguel que assassinou com tiros na nuca o empresário Luís Silva Fidalgo, 41 anos, e a secretária dele, Gisele Cristina Duarte, 25, na tarde de terça-feira. Para a polícia não há dúvida de que as mortes foram encomendadas, mas o motivo ainda é mistério para a polícia.
Investigadores ouviram ontem testemunhas que viram o assassino deixar a empresa onde o casal foi morto. Elas forneceram características físicas do suspeito para a confecção do retrato falado, que deve ser divulgado ainda hoje. De acordo com o delegado Jaime Luz, o fato do criminoso nunca ter sido visto antes pelas vítimas e dele ter ficado bastante à vontade na empresa, sem receio de ser reconhecido, indica que pode ter vindo de outra cidade. ?Por isso ainda na noite de terça-feira intensificamos o policiamento nas principais saídas de Curitiba. Acreditamos que ele foi contratado para matar Gisele e Luís e a principal linha de investigação é que os crimes estejam ligados aos negócios do empresário?, disse o delegado.
Foto: Átila Alberti |
Delegado Jaime, da DH. |
Fuga
O criminoso fugiu em uma BMW prata, com teto solar e adesivos da Rota 94 nos vidros. Não há alerta de furto ou roubo de veículos deste modelo nos últimos dias em Curitiba ou região, o que leva a supor que a situação do carro seja regular. A placa estaria coberta com um pano preto, impossibilitando ser vista pelas testemunhas. ?Pretendemos encontrar este carro e com isso chegar ao assassino. Outra iniciativa é ouvir familiares e funcionários para esmiuçar a rotina do empresário para descobrir quais negócios ele fazia?, revelou o delegado.
Gisele e Luís foram assassinados no escritório da Indústria e Comércio de Máquinas Operatrizes Fidalgo, situado na BR-476, na Vila Fanny. Eles foram obrigados a se deitar no chão e colocar as mãos na cabeça. A sangue frio, o criminoso deu dois tiros, um em cada vítima, na nuca. ?Essa pessoa já matou antes, pois sabia direitinho como eliminar alguém com um único disparo?, disse o delegado.
Um funcionário, que entrou no escritório no momento que o casal estava rendido, também foi obrigado a se deitar. Entretanto, sua vida foi poupada, o que reforça a hipótese do duplo homicídio ter sido encomendado.
Luís e Gisele foram sepultados na tarde de ontem no Cemitério Água Verde.