Uma saraivada de tiros rompeu a madrugada e tomou duas vidas no Jardim Holandês, em Piraquara. Foram cerca de dez disparos, que vitimaram Cílio Inácio Peixoto, 39 anos, e outra pessoa até agora não identificada, que tombaram mortos na Rua Betonex, a 50 metros de distância um do outro. A polícia tem poucas informações a respeito de autoria e motivos do duplo assassinato, cometido às 2h de ontem.
Um garoto, morador da mesma rua, contou que assistia televisão quando ouviu a seqüência de disparos. “Primeiro, foram uns três tiros. Depois, outros sete, um atrás do outro”, disse o menor, que escondeu-se embaixo da cama e não olhou pela janela para saber o que acontecia por medo de levar um tiro. Ele contou ainda que não ouviu gritos, mas sim o ruído de um carro derrapando.
Dupla
Outro morador repassou um dado um pouco mais relevante à PM. “Dois rapazes foram vistos correndo logo após os tiros. Mas é só isso”, afirmou o soldado Eliel, do 17.º Batalhão, lamentando que a “lei do silêncio” iniba as testemunhas a colaborar com informações. Segundo o soldado, Cílio tinha várias passagens pela polícia, uma delas por homicídio. Ele levou três tiros, no peito e na cabeça, enquanto a outra vítima foi baleada só uma vez, na cabeça.
O homem não identificado tinha aproximadamente 40 anos, era moreno-claro, vestia calça marrom, camisa branca e jaqueta cinza. A polícia de Piraquara, responsável pela investigação, ouviu ontem de manhã parentes de Cílio, sem conseguir pistas importantes sobre o crime. “Eles não sabiam quem poderia ser o assassino, nem a possível razão. Pode ser até um assalto, mas por enquanto é difícil especular”, disse o superintendente Édson Costa, da DP local.