O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) apresentou ontem dois acusados de assaltar a agência do Unibanco, instalada na Ceasa, Tatuquara, no último dia 26. Donos de extensas fichas criminais, Osildo Correia, 41, e Márcio Antônio Santos Fernandes, 39, foram presos no domingo à noite, quando tentavam embarcar para o norte do Estado, na Rodoferroviária de Curitiba.
Armados de pistolas, os criminosos invadiram a agência, tomaram a arma do vigilante e fugiram levando R$ 600. Logo após o roubo, policiais do Cope identificaram os suspeitos e, no domingo, descobriram que eles pretendiam ir para Londrina.
A dupla foi abordada quando se preparava para entrar no ônibus. Com os criminosos a polícia encontrou três revólveres calibre 38 e uma garrucha calibre 32. A arma roubada do vigilante não foi encontrada. Ao checar a identidade dos acusados, a polícia descobriu que ambos eram foragidos da Colônia Penal Agrícola (CPA). Osildo é condenado a 40 anos por diversos assaltos e Márcio a 30 anos por tráfico de drogas, receptação e assaltos. Há suspeitas de que pretendiam também assaltar o ônibus, uma vez que estavam armados e usavam documentos falsos.
A dupla já foi reconhecida por testemunhas, porém as investigações continuam, porque há suspeita que existam outros envolvidos no assalto.
Visado
Em dois meses, quatro agências do Unibanco foram assaltadas em Curitiba e região. O último roubo foi contra a da Ceasa, apesar das câmeras de segurança instaladas no local, da vigilância particular que atua lá dentro, e dos policiais militares lotados no posto recentemente instalado no local.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, o Unibanco estaria sendo mais visado pelos bandidos devido à sua resistência em não utilizar portas giratória com detectores de metais. O banco alega que possui outro sistema de segurança, com monitoramentos via satélite, e por isso não estaria aderindo às portas giratórias. O sindicato reforça que não somente as agências devem ter as portas, mas também os postos de atendimento.