No Paraná, a Operação Muralha resultou na prisão de duas pessoas em Paranaguá, no litoral. De acordo com a polícia, os dois presos, um filipino e um brasileiro, atuavam contatando tripulantes de navios que atracavam no porto para fazer o transporte das drogas. ?Se o tripulante aceitasse, era apresentado aos membros da organização em Santos, onde pegavam os entorpecentes para levar para o exterior?, explica o chefe da delegacia da Polícia Federal em Paranaguá, Beno Loewenstein. Dessa forma, não cabia aos atuantes no Paraná o contato com a droga. ?Eles não compravam a cocaína, nem entregavam. Eram apenas intermediários, responsáveis por contatar os tripulantes.
Os integrantes da organização em Santos é que terminavam as tratativas?, diz o delegado. De acordo com Loewenstein, o filipino era dono de uma boate em Paranaguá. ?O local certamente era usado para fazer os contatos?, afirma. Já o brasileiro é um ex-estivador do porto, que em seu depoimento à polícia disse estar desempregado. Ambos não tiveram seus nomes divulgados. Junto com os presos a polícia apreendeu dois telefones celulares. ?Estes podem ser usados como prova da comunicação entre os membros da quadrilha?, adianta o chefe da delegacia.
