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Francisco e Alessandro são |
Aparentando ser aprendizes de criminosos, os integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) Francisco Guerreiro, mais conhecido como "Nenê", e Alessandro da Silva foram presos na noite de sexta-feira, por policiais militares, após seqüestrarem duas vítimas, usando um revólver sem munição. No momento das prisões, Francisco forneceu o nome de Adriano Francisco Tortra e Alessandro o de Fabiano da Silva. Os dois foram levados para a Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), situado no 8.º Distrito Policial (Portão), mas não demoraram a ser desmacarados.
A dupla está com mandado de prisão decretado pela Justiça a pedido da Delegacia de Homicídios. Também é procurada pela polícia de Irati e pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, já que é acusada de praticar diversos roubos no bairro Santa Quitéria.
Quadrilha
Francisco e Alessandro estão por trás de várias execuções ocorridas nos últimos meses, em Curitiba, de acordo com investigações da Delegacia de Homicídios. Além dos dois presos, fazem parte do bando Luís Fernando Alves, o "Janjão"; Klein Anderson Caetano, Viviane Claudinei, um homem identificado apenas como "Carioca" e outro como "Paulista". Todos estão sendo caçados pela polícia.
Entre os crimes praticados pelo grupo está o latrocínio do empresário Carlos Alberto Nepuceno, 51 anos, que aconteceu no dia 30 de outubro.
O grupo ainda é acusado de executar o vendedor ambulante Jorge Henrique Moreira Ribeiro, 19 anos, no dia 28 de outubro. Outra morte atribuída aos integrantes do PCC é a da traficante Marli Celestino Cazilo, a "Polaca", 42 anos, no dia 22 de outubro. Os marginais ainda são apontados como autores do atentado contra o investigador da Polícia Civil Eliel Barbosa Ribas, 29, lotado no 3.º Distrito (Mercês).
De acordo com as investigações da DH, o grupo também está envolvido em assaltos e com o tráfico de drogas. O delegado Luís Cartaxo de Moura informou que os integrantes do PCC estão em guerra com os traficantes da Vila Nossa Senhora da Luz. Segundo o delegado, o grupo comprou um quilo de cocaína e "deu o calote" em um dos patrões do tráfico, que é extremamente perigoso.
Latrocínio
Para se ter uma idéia da periculosidade dos integrantes do PCC, o delegado contou que horas antes de matar o empresário, o grupo estava reunido na casa de uma mulher, no bairro Santa Quitéria. De lá, foram para um piscinão na Cidade Industrial, que é público, mas foram impedidos de entrar. Após várias ameaças invadiram o local e expulsaram as pessoas que ali estavam. O grupo ficou no local até a 1h da madrugada de domingo, cheirando cocaína, segundo a polícia. Quando os bandidos foram embora, usando dois carros, acabou o combustível de um deles. Na Rua Rezala Simão, no Santa Quitéria, foi feita a abordagem do Fiesta Sedan placa MEC-8597, dirigido por um empresário, que estava acompanhado do amigo Sidnei Ataíde da Rosa, 38, que conseguiu escapar. O empresário não teve a mesma sorte e foi morto.
Como nem todo crime é perfeito, os bandidos deixaram uma pasta dentro do carro da vítima, contendo o alvará de soltura de um deles. A partir do documento, o grupo começou a ser identificado.
Cartaxo disse que as investigações continuam no sentido de prender os outros integrantes do PCC, que estão foragidos. Quem tiver informações sobre o paradeiro dos procurados pode entrar em contato através do telefone 224-1348. Não é necessário se identificar.
