Uma informação anônima levou policiais da delegacia de Rio Branco do Sul a prender, ao meio-dia de ontem, Javair Portes de França, 53 anos, proprietário de uma oficina mecânica situada no bairro Florestal, e seu assistente André Luiz de Faria, 23. No interior da oficina foram encontradas peças do veículo Toyota, modelo Corola, placa IJK-1998, que havia sido tomado em assalto, em Curitiba, há algumas semanas. Com André os policiais apreenderam uma motocicleta Honda, modelo CG, cor azul, que estava com a numeração de motor lixada.
Os dois indivíduos foram autuados em flagrante por receptação e revelaram aos policiais que teriam ganho a moto e as peças do Corola de dois policiais.
Quadrilha
Javair disse que o motor do veículo importado, bem como as demais peças que estavam em sua oficina, lhe foram presenteadas pelo investigador Celso, da Delegacia de Estelionato. Ao que tudo indica, se trata de Celso Pereira da Silva, preso no mês passado mediante a acusação de extorquir dinheiro de uma quadrilha especializada em roubo de camionetas, que seria liderada pelo também policial Samir Skandar, 46. Naquela ocasião, mais três investigadores lotados na mesma delegacia foram presos pelo mesmo motivo. Ainda naquela época a Promotoria de Investigações Criminais (PIC) pediu as prisões preventivas de mais 20 pessoas acusadas de participar da quadrilha que roubava camionetas em Curitiba e Região Metropolitana.
Não está descartada a suspeita de que parte dos veículos roubados pelo bando fossem desmanchados na oficina de Javair. Outras investigações deverão ser realizadas para apurar as ligações dele com a quadrilha. Também o policial Celso deverá ser interrogado em Rio Branco do Sul, para que os fatos possam ser esclarecidos.
Motocicleta
Com relação à moto que vinha sendo usada por André, o rapaz afirmou no momento da prisão que ganhou do policial militar Manger, de Almirante Tamandaré. Segundo consta, seria Valdir Manger, que está preso há seis meses, apontado como um dos integrantes da quadrilha acusada de tráfico de drogas, roubo de carros e do assassinatos de várias mulheres em Almirante Tamandaré, além de outros delitos.
As atividades destas duas quadrilhas – a de Almirante Tamandaré e a de roubo de camionetas – continuam sendo investigadas por policiais civis e também pelo Ministério Público, uma vez que ainda faltam várias prisões a serem realizadas. A ação dos policiais de Rio Branco do Sul poderá contribuir para o esclarecimento de mais alguns casos de roubos de veículos.
