Dupla detida depois de assaltar uma moça

O interfone apertado insistentemente não abria o portão e deixou uma moça, de 23 anos, à mercê de ladrões. Ela foi assaltada em frente ao prédio onde mora seu namorado, na Avenida dos Estados, Água Verde, às 20h45 de terça-feira. Os indivíduos, portando uma faca, levaram seu celular, bolsa e o veículo Alfa-Romeo 145. Quinze minutos depois, foram detidos no Pinheirinho, por policiais militares da Rone – Ronda Ostensiva de Natureza Especial, do 13.º BPM.

Acusados de ser os assaltantes, Cemir Bolz, 28 anos, foragido de São Paulo, e Mauro Olivino de Souza Filho, 19, foram levados à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, onde estão recolhidos no xadrez.

Enquanto a jovem tentava abrir o portão, seu namorado via pela janela o carro sendo levado pelos assaltantes. “Quando eles se distraíram, fugi”, relatou a vítima, que por pouco não foi levada como refém. Da Água Verde, os assaltantes se dirigiram ao Pinheirinho, sendo acompanhados à distância por policiais do Serviço Reservado do 13.º BPM. Na Rua Otávio Saldanha Mazza (via rápida), próximo do terminal de ônibus do bairro, foram abordados por policiais da Rone, que já havia sido informada da situação. “Não houve resistência à prisão”, afirmou o sargento Jairo.

Carro

Segundo informou o policial, o carro seria levado para São Paulo. “Foi Cemir que nos disse isso”, comentou, acrescentando que o Alfa-Romeo poderia ser “esquentado” ou desmanchado. Cemir, porém, contou outra história para a imprensa. “Queria um veículo para voltar a São Paulo”, resumiu. Ele disse que estava há dois dias em Curitiba e é foragido de uma penitenciária de Campinas (SP), onde cumpria pena por assalto. “Faltam alguns anos, ainda”, desconversou ao ser questionado. “Tudo vai da necessidade de cada um. Com gente sem estudo, a sociedade não colabora”, justificou, reclamando da falta de oportunidades para levar vida decente, dentro do sistema prisional. Ele completou o 1.º grau e disse ter trabalhado como mecânico de navio e soldador.

Mauro também pouco estudou – fez só o primeiro ano do fundamental, conforme declarou. “Fizemos uma loucura”, simplificou, dizendo que ficaria com o celular e a bolsa com o dinheiro da vítima. Ele mora na Vila Sabará e teria conhecido Cemir em um bar. Mauro admitiu que estava armado com uma faca, que foi apreendida pela polícia. “A polícia agiu bem”, elogiou a moça, ao ver o carro sem nenhum arranhão.

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