Dois homens foram presos depois de falsificarem documentos e tentar vender, por R$ 35 mil, um terreno que não lhes pertencia, localizado no Jardim Guaraituba, em Colombo. Daniel Pereira Specht, 39 anos, e Messala Alfredo Brito, 36, foram autuados em flagrante por estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica. O golpe da dupla só foi descoberto graças à perspicácia da vítima que, antes de efetuar o pagamento, desconfiou dos ?vendedores?.
No 11.º Distrito Policial (CIC), para onde os detidos foram encaminhados, o delegado Gerson Machado explicou como funcionava a falcatrua: ?Eles foram até o registro de imóveis da Comarca de Colombo e pegaram uma cópia da matrícula do terreno, onde constava quem era o proprietário. Depois, eles produziram uma carteira de identidade falsa, em nome do dono, usando a fotografia de Daniel?.
Passando-se pelo proprietário do terreno, o próximo passo de Daniel foi simular a venda do lote para Messala. ?Eles foram até o 2.º Ofício de Registro Civil e 14.º Tabelionato, localizado na Rua Presidente Faria, em Curitiba, e lavraram a escritura de compra e venda?, disse Machado. ?A partir daí, eles fizeram anúncios em jornais oferecendo o terreno, o que atraiu a vítima?, completou.
Golpe frustrado
Interessada, a vítima entrou em contato com os ?vendedores? e sugeriu entregar um Santana, avaliado em R$ 17 mil, pagando o restante em dinheiro. ?Como o vendedor não quis saber nada a respeito das condições do carro e documentação, a vítima desconfiou e, ao checar as informações, confirmou que o verdadeiro dono não havia vendido o terreno para um dos vigaristas?, contou o delegado. Ao perceber que estava sendo vítima de um golpe, a vítima prestou queixa no 11.º DP e marcou um encontro com a dupla, na quinta-feira, no Cartório do Uberaba. Os investigadores acompanharam o homem e prenderam a dupla em flagrante.
Autuados, Daniel e Messala disseram que já tinham aplicado dois golpes semelhantes em Curitiba, conseguindo R$ 22 mil, e que existe um terceiro indivíduo envolvido com eles. ?Eles passaram o nome de Luiz Fernando. Solicitamos às pessoas que conheçam essa pessoa ou tenham sido vítimas dos vigaristas que procurem a delegacia e colaborem com as investigações?, observou Machado.