José Assis Miranda, 55 anos, e G.L.H., 45 anos, foram presos em flagrante dentro de uma pequena fábrica de documentos falsos, que funcionava na residência de um deles, na Rua Paraíba, Guaíra. A dupla foi presa pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), na segunda-feira, por estelionato e falsificação de documentos e apresentada ontem. A polícia havia recebido uma denúncia anônima.

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José estava comprando um envelope de documentos falsos de G.L.H. quando foi surpreendido por policiais, ao receber a encomenda pela grade do portão. No apartamento de G.L.H. foram apreendidos “espelhos” de cédulas de identidade para serem preenchidos, um gabarito para perfurar os documentos, comprovantes de endereço e renda, além de identidades já finalizadas com diversos nomes, mas com a mesma foto.

Preços

A qualidade das réplicas surpreenderam a polícia, que procura o homem dos retratos. “Os kits eram vendidos por R$ 250, e os espelhos G.L.H. comprava por R$ 10”, conta o delegado do Cope, Cassiano Aufiero. O material era adquirido por clientes para usar no comércio. O delegado conta que o alvo eram lojas de eletrônicos e que teriam sido comprados notebooks, tablets e até ingressos para shows internacionais. Na casa de José foram encontrados esses objetos possivelmente adquiridos no comércio de Curitiba com os documentos falsos.

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Conhecidos

A dupla é conhecida pela polícia. José responde a nove inquéritos e 11 processos por estelionato e falsificação de documentos. G.L.H. tem nove inquéritos e seis processos pelos mesmos crimes. Os detentos ficam no Cope até serem transferidos para o Centro de Triagem II, em Piraquara, onde aguardam julgamento.

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ATUALIZAÇÃO

Em consulta aos autos, verificamos que foi proferida sentença em 12/08/2020, extinguindo a ação penal em face do solicitante, por não ter sido ele o autor dos crimes, nos termos da manifestação do Ministério Público encaminhada.
Allan Costa Pinto