Atrás das grades

Dupla de assassinos da CIC pega 291 anos de cadeia

O Tribunal do Júri condenou John Enver Machado a 149 anos de prisão por envolvimento na chacina que matou cinco pessoas e feriu três, no terreiro de umbanda Sete Flechas, na Vila Santa Helena, Cidade Industrial. A matança aconteceu na noite de 17 de novembro de 2007. O resultado desagradou aos advogados do réu, que alegaram falta de provas e cerceamento de defesa. Outro acusado do crime, Adans Garcia de Lima, foi condenado, em julho, a 142 anos de reclusão.

De acordo com o Ministério Público, a fuzilaria foi motivada pela discussão de Adans com o dono do terreiro, Adão da Silva, conhecido como “Pai Adão”. Pela denúncia, os dois acusados invadiram o local, onde cerca de 50 pessoas participavam da sessão, e começaram a atirar com pistolas calibres 380 e 9 milímetros.

Vítimas

Além de Adão, morreram Rosemari de Fátima Ramos de Araújo (Mãe Rose), Carlos Alberto Vieira (Pai Carlos), Karina Fernanda da Silva e Dayane de Freitas Nório. Ainda ficaram feridos Franciele Fátima Ramos Araújo, Mariana Camila Correa, e Laércio Antônio do Nascimento.

Durante as investigações, a Delegacia de Homicídios prendeu os irmãos gêmeos Adans e Allan Garcia de Lima. Porém, mais tarde, a partir do depoimento de uma testemunha, surgiu o nome de John, e ele foi denunciado no lugar de Allan.

Confronto

Um dos argumentos da acusação contra John foi seu histórico criminal. O rapaz tinha sido condenado por porte de arma e receptação e foi acusado de homicídios. Em fevereiro de 2008, se envolveu em confronto com policiais militares, no Xaxim, que resultou na morte de três comparsas e de um tenente do 13.º Batalhão. Ele foi preso, mas absolvido da acusação de ter matado o policial.

Os advogados Samir Mattar Assad e Luiz Fernando de Jezus Zeni pediram anulação do júri, alegando falta de provas e cerceamento da defesa. Eles entraram no caso há apenas algumas semanas, depois que o advogado que defendia o réu abandonou o caso. “Pedimos prazo para arrolar testemunhas de defesa, o que não foi feito pelo advogado anterior, mas o pedido foi negado. Ele foi julgado sem qualquer testemunha de defesa”, lamentou Samir. Os advogados também afirmaram que não havia provas para ligar John ao crime.

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