Marcos e Carlos disseram que foram obrigados a roubar. |
Depois de “avaliar” o estoque de uma loja de aparelhos de som automotivos, dois assaltantes voltaram ao estabelecimento, na Rua Júlio César Ribeiro de Souza, Vila Hauer, às 20h30 de terça-feira. Eles amarraram quem estava na loja, mas foram detidos por policiais militares do Regimento de Polícia Montada, RPMont, quando se preparavam para fugir. Marcos Lopes de Chaves e Carlos dos Santos, ambos de 24 anos, alegaram ter sido obrigados a cometer o delito por um terceiro indivíduo que fugiu.
O dono da loja se surpreendeu quando viu Marcos voltar, dessa vez com a arma em punho. Pouco antes ele havia solicitado um orçamento. “O detido tinha ficado cerca de uma hora, verificando preços e o sistema de segurança da loja”, comentou o tenente.
Fábio. Marcos e Carlos, junto com um indivíduo por eles identificado como Nei ou “Neguinho”, amarraram as quatro pessoas que estavam na loja com fitas adesivas e as amordaçaram. Com as vítimas imobilizadas, ele começaram a carregar a Ipanema do proprietário com as mercadorias da loja.
Prisão
O cabo Guedes e o soldado Celino estranharam ao ver a porta de aço ser baixada até a metade, quando a viatura passou. Os policiais voltaram e conseguiram deter os dois rapazes na saída do estabelecimento. Não houve reação, mas o indivíduo apontado como o mandante do assalto fugiu antes da abordagem da PM. Os detidos, ambos sem passagem anterior pela polícia, foram encaminhados ao 7.º Distrito Policial (Vila Hauer).
Antes do assalto, Marcos relatou que “Neguinho” o havia convidado para ajudá-lo a pegar um carro. Convidou Carlos, também morador no Umbará, e os dois foram ajudá-lo. “No caminho ele avisou que era um assalto e que se a gente não fosse junto, ia se dar mal”, relatou Marcos, dizendo que “Neguinho” portava dois revólveres, calibres 22 e 38.
Marcos afirmou ter sido ameaçado e obrigado a cometer o assalto junto com Carlos. “O ?Neguinho? estava atrás da gente, de repente, ele sumiu”, alegou.