A vida da professora Sílvia Regina da Silva, 42 anos, assassinada mês passado, numa escola em Almirante Tamandaré, custou R$ 2 mil. E quem pagou pelo crime foi o ex-marido dela, o funcionário público Daniel Ângelo da Silva, 46. Pelo menos na versão dos dois pistoleiros, presos sexta-feira. Daniel está com prisão preventiva decretada.
A delegada Márcia Rejane Vieira Marcondes, da delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, não tem mais dúvidas em relação a este caso. Douglas Carlos Moura Cândido, 20, e Francisco Mariano da Silva Júnior, 18, também conhecido como “Cisco”, não só confessaram envolvimento na execução, como entregaram os detalhes do plano. Ontem, eles foram apresentados oficialmente.
Armas
Segundo depoimentos prestados à polícia, além de prometer o pagamento em dinheiro, Daniel também forneceu um revólver e uma pistola aos marginais. Esta última arma foi a utilizada por Douglas. “Ele disse ter dado mais de 10 disparos.
Nove acertaram a professora, que morreu no local”, explicou a delegada. A dupla já foi transferida para a delegacia de Almirante Tamandaré. O marido de Sílvia Regina, detido dias depois do assassinato, continua foragido e com equipes policiais no seu encalço.
Na época, ele foi solto por falta de provas. A delegada disse que os três vão responder por homicídio qualificado, cuja condenação pode alcançar até 30 anos de prisão.
Moto
Sílvia foi assassinada por volta das 11h30 de 12 de dezembro. Conhecido do marido da vítima, Douglas convidou o amigo “Cisco” para participar da trama, como piloto da moto azul utilizada naquele dia.
Ela dava aula de educação física no pátio, quando Douglas entrou no colégio e foi ao encontro da professora, que orientava alunos da 4.ª série. Ela foi morta com tiros à queima-roupa. Daniel foi visto no local do crime, mas não chegou perto do corpo.
