Após dois dias de muita tensão o ex-vereador de Campo do Tenente, Carlos Hubner Neto, 58 anos, e André de Souza, 24 anos, foram absolvidos da acusação de envolvimento na morte do vereador Divonsir Rodrigues, ocorrida naquele município, no ano de 2002.
O corpo de jurados entendeu que os réus não tiveram participação no assassinato de "Divo", como era conhecida a vítima. Mesmo tendo sido absolvido pelo homicídio, por quatro votos contra três, Hubner ainda deve à Justiça e foi condenado a oito anos e três meses de prisão, em regime fechado, por receptação de carga e formação de quadrilha. Já André de Souza, que respondia unicamente pela morte do vereador, foi inocentado do crime por seis votos a um.
Com o julgamento de ontem, somam cinco os que sentaram no banco dos réus sob a acusação de ter matado Divonsir Rodrigues. Venícius Lous Quintino, 23 anos, foi condenado a oito anos e três meses de reclusão por homicídio simples. Adriano José da Silva, apontado como autor dos disparos que mataram o vereador, no dia 25 de março de 2002, foi condenado a dez anos de reclusão, também por homicídio simples. Outro acusado, Ezequiel Schivitaiky, 24, foi absolvido em júri popular.
Outros réus
Ainda serão julgadas outras 21 pessoas, acusadas de participar do homicídio do parlamentar de Campo do Tenente. Nem todos os réus têm ligação direta com o assassinato, mas foram denunciados por outros crimes, que teriam motivado a morte de "Divo", como receptação e formação de quadrilha.
Os delegados Armando Marquês Garcia e Margareth Oliveira Motta e o investigador Hélcio Piasseta são acusados de recebimento de propina e de facilitar atividades criminosas. Como na denúncia do Ministério Público estão relacionados todos como crimes conexos ao homicídio, caberá aos jurados decidir se houve ou não a participação dos réus na morte de Divonsir.
