Duas pessoas foram presas, quinta-feira (21), por policiais do 11.º Distrito Policial, suspeitos de envolvimento em receptação de fios de cobre e de alumínio, pertencentes à Copel e a empresas de telecomunicação. As investigações começaram com a denúncia de que proprietários da empresa Metais Rondon, no Capão Raso, em Curitiba, compravam materiais “além do usual”, que eram revendidos para serralharias e empresas de fundição. Cíntia Bonfati de Oliveira, 22 anos, e seu tio Osni Siqueira, 50, foram presos na sede da empresa, que costuma processar como latinhas, panelas e cobre.
Os policiais fizeram campana nas proximidades da empresa e abordaram o motorista de uma Kombi, que saía da empresa carregada com fios de cobre. “O dono da Kombi alegou que somente fazia frete e que não sabia qual a origem e o destino do material apreendido”, explicou o delegado Gerson Alves Machado.
De acordo com o policial, funcionários da Copel reconheceram a maior parte do material apreendido como da empresa. O delegado ainda explicou que esses materiais costumam ser furtados por ladrões que os vendem para receptadores, como Oliveira e Siqueira, a preços muito baixos. “Os receptadores, por sua vez, vendem para serralharias e empresas de fundição a preço de mercado”, afirmou Machado.
Machado ainda disse que os receptadores e os proprietários de empresas que compram esse material, na maioria das vezes sabe da origem criminosa e são os maiores privilegiados. “Enquanto isso a população, a Copel e as demais empresas são as prejudicadas”, disse o delegado.
O delegado ainda informou que a empresa Metais Rondon é clandestina e não possui nenhum tipo de registro. O material apreendido foi periciado e enviado para a Copel. Cíntia Bonfati foi encaminhada para o 9.º DP (Santa Quitéria) e Osni Siqueira para o 12.º (Santa Felicidade). Os dois foram autuados por receptação e estão presos à disposição da Justiça. O motorista da Kombi foi ouvido e liberado.
