Um quilômetro é a distância aproximada que separava dois corpos encontrados na manhã de ontem. A primeira vítima foi um garoto, assassinado com um tiro na cabeça no terreno de uma casa, em Pinhais. No Bairro Alto, em Curitiba, um homem foi encontrado morto enrolado em tapetes de carro, no final da Rua Visconde de Abaeté, próximo ao Rio Atuba.
Por volta das 7h, policiais militares do 17.º Batalhão foram avisados que um rapaz estava morto na Rua Alvorada do Sul, Vila União. O jovem estava caído de bruços, bem próximo ao portão de uma casa, que estava fechada.
“É possível que ele estivesse tentando fugir, mas não dá para saber se ele veio dos fundos da casa ou entrou pela frente mesmo”, comentou o soldado Bertuzzi, que estranhou não ter encontrado nenhum morador.
Um vizinho disse ter ouvido disparos durante a madrugada, porém, ao avistar o corpo do rapaz, que aparentava ser adolescente, ele não o reconheceu como morador da região. A vítima usava bermuda escura, moletom preto e cinza, camiseta listrada e chinelos de dedo. Ao lado do corpo, havia um boné.
“Embrulho”
A vítima do Bairro Alto foi encontrada por um morador que carpia o canteiro da rua, quando se deparou com o cadáver, por volta das 8h30, enrolado em tapetes de automóvel. “Levei um susto danado. Podia ter dado com a foice nele”, disse João Moura.
No bolso da calça da vítima, havia uma carteira com documentos em nome de Moacir Seixas, 62 anos. Policiais do 20.º Batalhão da PM perceberam uma perfuração na cabeça da vítima, provavelmente por arma de fogo.
O vizinho de João, Edmilson Aparecido, disse ter ouvido barulho de tiros por volta das 22h de quinta-feira. “Aqui é normal darem tiros para tudo quanto é lado”, lamentou.