Dos 15 assassinatos registrados no último fim de semana em Curitiba e Região Metropolitana, 11 aconteceram nos bairros da capital. De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Luiz Alberto Cartaxo de Moura, a maioria dos crimes tem ligação direta com o tráfico de drogas. Com a mudança da estrutura e do funcionamento da delegacia, prevista para acontecer a partir da próxima quarta-feira, o delegado pretende diminuir, de forma vertiginosa, estes números.
O único crime que está praticamente solucionado é o do ex-policial Eduardo Czerwonka, 47 anos. Segundo Cartaxo, um dos acusados de participar do assassinato, João Hamilton Batista, conhecido como "Galo Cego" foi morto no sábado, durante um confronto com uma equipe composta por policiais civis e militares. "Serão abertos dois inquéritos. Um para apurar com mais detalhes a morte do ex-policial, apesar de já termos interrogado outros dois possíveis participantes do crime. O outro será para apurar a morte de João, embora os policiais afirmem que atiraram contra ele porque ele reagiu com tiros à voz de prisão", contou o delegado. Para corroborar com esta versão, os policiais apresentaram um revólver calibre 22, com um projétil disparado, como se fosse a arma usada pelo acusado.
Quanto aos outros 10 crimes ocorridos na capital, Cartaxo afirma que alguns já estão com as investigações bastante adiantadas, devido as informações coletadas nos locais. Outros assassinatos, ainda estão sendo investigados lentamente, uma vez que ainda impera, em muitos bairros onde há trafico de drogas, a "lei do silêncio".
Mudança
Amanhã, a Delegacia de Homicídios deve passar a funcionar no antigo prédio da Serlopar, na Avenida Sete de Setembro, esquina com Rua Francisco Torres. Junto com a delegacia especializada também funcionará a Divisão de Narcóticos, Polícia Federal, Polícia Militar e Centro de Informações da Secretaria do Estado de Segurança Pública. "Este é o começo de uma nova Delegacia de Homicídios", finalizou Cartaxo.