A dor de ver o irmão sendo assassinado pelo próprio filho levou uma mulher a denunciá-lo à polícia. Ontem ela (cuja identificação será mantida em sigilo para não identificar o adolescente infrator) foi à delegacia de Piraquara, com a foto do filho de 17 anos nas mãos, clamando por Justiça. O adolescente teria baleado o irmão dela, N.J.W., 34 anos, que morreu a caminho do hospital, na noite de sábado.
Segundo versão apresentada pela mãe, ela estava em um bar situado na Rua Belo Horizonte, Vila Maedo, Piraquara, junto com o filho e dois irmãos, quando os três começaram a discutir por motivos banais. O garoto então sacou de um revólver e atirou contra o tio, ferindo-o no peito e na barriga, provocando sua morte.
Dor
Segundo a mãe do adolescente, há cerca de um ano ele desistiu de estudar, envolveu-se com o tráfico de drogas e saiu de casa. O garoto passou a viver com os avós e a maltratá-los, para ficar mais perto dos amigos. “Depois de matar meu irmão ele foi para casa e ainda atirou duas vezes contra meu pai, mas por sorte, não o acertou. Ele atirou porque o avô perguntou a ele o que havia acontecido”, disse Marli. Após o atentado o adolescente desapareceu.
Depois de tentar ajudar o adolescente várias vezes, incentivando-o ao estudo e ao trabalho, Marli resolveu dar um basta na situação depondo contra o próprio filho. “A dor é muito grande, mas ele disse que é capaz de matar quem aparecer na sua frente. Por isso é preciso que a polícia faça alguma coisa. Se eu acobertá-lo ele poderá tirar outras vidas”, desabafou a mulher, mãe de outros dois filhos.
