Dramática história de vida termina em sangue

Jonathan Duarte da Costa, 18 anos, teve breve existência, mas pontuada por muitos dramas. Na gelada noite de terça-feira, morreu de forma igualmente trágica: lutou com um desconhecido, rolou no barro e foi vencido com 13 golpes de faca. O corpo ficou estendido na Rua Eucaliptos, esquina com Rua Progresso, Vila União, Uberaba.

Até o início do ano passado, Jonathan tinha família estruturada e casa em Fazenda Rio Grande. Tudo começou a mudar com o assassinato do pai dele, Jorge Aparecido de Lara Costa, em fevereiro de 2003. Depois disso, o autor, que seria um bandido da região, ameaçou de morte os parentes de Jorge. Resultado: Jonathan e a mãe tiveram que deixar o município e, sem ter onde ficar, se esconderam no esqueleto do prédio do Fórum Cível, no Centro Cívico.

Em junho, a história foi veiculada por duas emissoras de rádio. Só então outros membros da família descobriram o paradeiro dos dois e os tiraram no prédio abandonado. A mãe conseguiu trabalho como empregada doméstica, mas Jonathan, já viciado no crack, foi morar com uma irmã no Uberaba.

Sem testemunhas

A passagem do rapaz pelo novo bairro foi curta. À meia-noite, a Polícia Militar, acionada por anônimos, encontrou o cadáver de Jonathan caído junto ao muro de um mercado, com ferimentos a faca no pescoço, peito, costas e barriga. A camisa dele, toda suja de barro, denunciava que lutara com o assassino antes do crime. Dois moradores de casas bem próximas, interrogados por investigadores da Delegacia de Homicídios, disseram não ter escutado barulho de discussão.

Duas hipóteses são admitidas para a morte do rapaz. A primeira envolve o vício na droga. A outra é relacionada com as ameaças que tiraram o rapaz de Fazenda Rio Grande. A DH tem a missão de esclarecer o caso.

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