Os depoimentos de donos de postos, suspeitos de irregularidade no fornecimento de combustível, começaram ontem, na Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon). Foi ouvido Ângelo de Albuquerque Gobbo, proprietário dos postos Jockey, em Curitiba, e Arrancadão, em Pinhais.

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Gobbo não soube explicar o motivo de uma quantidade tão grande de lacres estarem rompidos nas bombas de seus estabelecimentos, principalmente o Arrancadão. “Muitas das caixas que fazem o controle do volume do combustível nas bombas estavam quebradas e com lacres rompidos”, explicou o delegado Jairo Estorílio. Os postos eram atendidos pela Power Bombas Manutenção e Instalação Ltda., de propriedade de Cleber Salazar.

Mensalidade

“Gobbo disse que costumava pagar entre R$ 300 e R$ 400 por mês para a empresa de Salazar realizar a manutenção nas bombas. Isso pode ser mais um indício de fraude, pois na reportagem do Fantástico, ele dizia que cobrava R$ 5 mil para trocar as placas de cada bico, mas em depoimento alegou que esse preço era para a manutenção”, explica Estorílio.

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Ele estima que o inquérito deve demorar ainda cerca de 60 dias, já que o laudo do exame das placas eletrônicas apreendidas nas bombas não ficou pronto. Além dos postos, outras empresas de manutenção serão investigadas. O Ministério Público estuda solicitar a prisão preventiva (30 dias) de Salazar. A prisão temporária termina amanhã.