Já chegam a 14 as vítimas da Tigrão Veículos, revenda de automóveis que estava instalada na esquina das Ruas Lupionópolis e Tijucas do Sul, Sítio Cercado. Os proprietários são suspeitos de pegar carros para vender e dar calote nos clientes. Só ontem, mais sete boletins de ocorrência foram registrados no 10.º Distrito Policial, a mesma quantidade que tinha sido registrada até terça-feira.

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A maioria das vítimas garante que repassaram carros com dívidas para serem vendido na Tigrão Veículos e a dívida não foi quitada. Algumas deixaram carros quitados para vender. Os veículos foram retirados do pátio nesta semana e o homem que fazia as negociações, identificado como Hassan Mansur Nagib Mohamad, não foi mais encontrado pelas vítimas nem pela polícia.

Assinaturas

O proprietário do terreno contou na delegacia que só alugava o espaço. O contrato de locação foi entregue na tarde desta quinta-feira. As vítimas afirmaram que foram em cartório reconhecer firma das assinaturas deles e de Hassan, que consta nos contratos de venda dos carros. Os documentos poderão ser encaminhados para perícia.

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O delegado Marco Antônio de Góes, titular do 10.º DP, ressalta que quem estiver com qualquer um dos veículos das vítimas deve comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos, para não correr o risco de futuramente ser indiciado por receptação.

Todos os boletins de ocorrência serão anexados em um único inquérito. O telefone do 10.º DP é 3386-8650.

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Problema de tirar o sono

Uma vítima, que pediu para não ser identificada, relatou que faz 40 dias que não dorme, preocupada com a situação. “Passo os dias correndo atrás dele. Recebo mensagem do banco até de madrugada cobrando a dívida do carro”, reclama a mulher.

Ela encontrou fotos de Hassan Mansur Nagib Mohamad segurando uma arma e maços de dinheiro, no perfil dele no Facebook, e as entregou à polícia. Ela disse que procurou pelo dono da Tigrão várias vezes, exigindo o cumprimento do contrato, com a quitação da dívida do Peugeot dela, e era recebida com ironia.

“Ele me disse que tudo seria resolvido e pediu para ir na loja na terça-feira. Quando eu cheguei lá, não tinha mais nada”, conta. Com outra vítima aconteceu o mesmo. “Ele disse que estava em São Paulo e voltaria na terça. Me pediu para ir à loja neste dia, mas eu cheguei lá e estava tudo fechado”, ressalta um rapaz, que também pediu para não ser identificado. O local está completamente vazio, e só uma faixa indicava que um dia havia uma revenda de automóveis.

Fotos

Hassan sabia que as vítimas copiaram suas fotos da rede social e postou um recado terça-feira, provocando e xingando todos. Eram tantos erros de português, que tornaram o texto quase incompreensível. Pessoas relacionadas a ele no Facebook também aparecem segurando maços de dinheiro.