Um tiro nas costas fez o comerciante Ederson Maciel, 36 anos, rolar pela escada que levava ao setor de panificação de seu estabelecimento, na esquina das ruas Londrina e Astorga, no Sítio Cercado. O homem morreu, sem conseguir pedir ajuda, às 20h30 de terça-feira. Cerca de uma hora depois, a Polícia Militar deteve três suspeitos de ter cometido o assalto. Um deles, de 16 anos, que já responde a um processo por homicídio, teria atirado contra o comerciante.
Os três assaltantes chegaram à Panificadora Ki-Pão, quando apenas funcionários se encontravam no balcão. Dois dos criminosos teriam comprado alguma mercadoria e, em seguida, o menor entrou e deu voz de assalto. Nessa hora, Ederson estava no topo da escada em caracol que dava acesso ao andar inferior, onde são fabricados os pães. Pelas primeiras informações, o comerciante teria tentado fugir pelo setor de panificação, que tem saída pela Rua Astorga, quando foi atingido por um tiro. Ele caiu e morreu ao pé da escada. O Siate foi chamado, mas não conseguiu salvá-lo.
Fuga
Os bandidos fugiram logo depois de matar Ederson e, segundo testemunhas, teriam usado um Chevette amarelo, conforme registrado pela PM. Nada foi levado do estabelecimento. Com as características do veículo e acompanhados de uma pessoa que presenciou o assalto, policiais patrulharam as imediações. Encontraram o Chevette placa AHQ-6753, de Campo Magro, na Rua Ulisses Guimarães, Xapinhal. Lá, detiveram dois suspeitos: Anderson Moura Lopes, 28 anos, e E.F.C., 16. O terceiro acusado, Marcelo dos Santos Godin, 23, foi detido nas proximidades, por portar um revólver calibre 22.
Levado ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (anexo ao 8.º Distrito Policial – Portão), Marcelo foi reconhecido por uma das vítimas do assalto. O suspeito negou as acusações, dizendo que tinha acabado de chegar do trabalho, quando foi detido.
Prisão
Anderson confirmou que o Chevette era seu. “Passei na casa de minha mãe e quando vi a polícia cercando meu carro, fui conferir o que estava acontecendo”, alegou. Segundo suas declarações, ele é borracheiro e tinha trabalhado até quase as 20h. “Não tenho nada a ver com isso. Iria levar roupas para minha mulher que está no hospital”, relatou. Ele também foi levado ao CIAC – Portão. O garoto apreendido foi conduzido à Delegacia do Adolescente. No caminho, contou aos policiais militares que responde por um homicídio ocorrido em Fazenda Rio Grande.
Anderson e Marcelo foram autuados pelo crime no 8.º Distrito, pelo delegado Hertel Rehbein e, posteriormente, encaminhados ao 10.º Distrito (Sítio Cercado) situado na área onde ocorreu o crime. No distrito foi descoberto, através de uma ligação anônima, que Anderson se identificou com nome falso. “O nome Anderson pertence ao irmão dele. Vamos interrogá-lo novamente para descobrir a verdadeira identidade dele”, informou os escrivão Nei, no final da tarde de ontem. Segundo o policial, esta é uma maneira de tentar quebrar o flagrante e uma artimanha de quem já conta com antecedentes criminais.
