A dona de uma lanchonete foi assassinada com um tiro nas costas, depois que quatro bandidos invadiram o estabelecimento para assaltá-lo, no Pinheirinho. Maria da Conceição Alves de Carvalho, 54 anos, foi baleada por se recusar a entregar sua bolsa.

O crime aconteceu no final da noite de terça-feira, no Bar e Lanchonete Porto Seguro, na Rua Izaac Ferreira da Cruz. Os criminosos levaram R$ 150 que estavam no caixa e algumas garrafas de bebidas alcoólicas.

O crime aconteceu pouco antes da meia-noite, horário em que a lanchonete estava prestes a fechar. Uma funcionária baixava a segunda das quatro portas do bar quando os indivíduos chegaram, armados.

Dois marginais entraram e mandaram Maria e a funcionária se deitarem no chão, atrás do balcão. Enquanto isso, quatro clientes que estavam no salão permaneceram imóveis, sob a mira da arma que estava na mão de outro criminoso. O quarto comparsa ficou do lado de fora, protegendo a entrada.

Limpa

No balcão, um dos assaltantes limpou o caixa, retirando R$ 150. O outro apontou a arma para as duas mulheres e exigiu que Maria entregasse a bolsa que segurava. Ela recusou e levou um chute nas costas.

Mesmo assim, continuou agarrada à bolsa e gritou: “Minha bolsa, não!”. Nesse momento, o marginal atirou nas costas da proprietária, que morreu em poucos minutos. Com o disparo, houve gritaria e os bandidos fugiram.

Na saída, os criminosos tentaram pegar um táxi para fugir, porém o motorista percebeu que estavam armados, se abaixou no banco e acelerou. O veículo foi baleado, mas o taxista não foi atingido.

Ameçada pra passar o ponto

Embora a principal hipótese para o assassinato de Maria seja latrocínio (roubo com morte), amigos e parentes da vítima contaram à polícia que a mulher era ameaçada.

“Há cerca de 20 dias, ela passou a receber ligações, exigindo que ela arrendasse ou vendesse a lanchonete”, contou um amigo de Maria. No entanto, segundo ele, a mulher nunca se importou com as ameaças e não acreditava que algo pudesse acontecer.

Maria tomava conta do bar há cerca de dois meses. Antes disso, arrendou o estabelecimento por um ano. Ainda de acordo com os amigos, ela costumava carregar dinheiro na bolsa.

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), que irá investigar o caso, já recebeu nomes de suspeitos que poderiam estar ameaçando a vítima. Porém, de acordo com a polícia, ainda é cedo para afirmar se a intenção dos criminosos era matar a proprietária ou se foi uma ação decorrente do assalto.

Retratos

A polícia mostrou aos conhecidos de Maria alguns álbuns de fotografia de assaltantes, mas ninguém foi reconhecido e, nos próximos dias, deverão ser elaborados retratos falados.

Bastante abalado, o caminhoneiro João Mendes, marido de Maria, afirmou que, independente do motivo do crime, quer que seja feita justiça. A intenção dele é fechar a lanchonete. Maria tinha um filho do primeiro casamento e estava casada com João há 24 anos. O casal morava no Sítio Cercado.