A Secretaria da Segurança Pública deve apresentar hoje dois suspeitos de matar o promotor de Justiça Roberto Moellmann Gonçalves Barros, 39 anos, na última quinta-feira. Adriano da Silva, 28 anos, se apresentou na delegacia, na sexta-feira à noite, junto com sua esposa e advogado. O outro detido seria Anderson, que segundo Guilherme da Silva, irmão de Adriano, teria coagido o jovem a praticar o crime. O motivo do crime deve ser esclarecido com a apresentação oficial dos suspeitos.
Aprígio Paulo de Andrade Cardoso, titular da Delegacia de Homicídios (DH), afirmou que o caso está solucionado. Ele não confirmou a quantidade de presos, dando a entender que haveria mais uma pessoa a ser detida. ?Falta colocar na gaiola o passarinho principal?, revelou o delegado. Os autores do crime seriam três, mas apenas um deles conhecia o promotor.
Cardoso confirmou que Roberto foi assassinado por ladrões, que levaram sua carteira e depois tentaram retirar dinheiro em um caixa eletrônico. Mesmo caracterizando-se um latrocínio (roubo com morte), a DH deve concluir o inquérito sem remetê-lo à Delegacia de Furtos e Roubos.
Armas
Durante as investigações, o pai de Adriano foi preso por posse ilegal de arma. Na madrugada de sexta-feira, pouco mais de 24 horas depois do crime, policiais da Delegacia de Homicídios realizaram uma busca e apreensão na casa dele, no Jardim das Américas. O pai de Adriano entregou, espontaneamente, duas armas, que, apesar de estarem registradas, a licença de ambas estava vencida. O empresário ficou detido na DH até as 19h10 de ontem.
Crime
Roberto foi morto com um único golpe de faca no pescoço, dentro de seu sobrado na Rua Santa Clara, no Ahu. O promotor, segundo perícia incial, deve ter sido morto por volta da meia-noite, de quarta para quinta-feira. O corpo foi localizado pela empregada, quando chegou pela manhã para trabalhar.