Foto: Átila Alberti

No Jardim da Ordem, multidão se aglomerou pra ver o corpo.

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Não importa a hora, o local, ou se pessoas passam pela rua. Os crimes acontecem em pleno dia, e os bandidos se encorajam com a certeza de que ninguém irá denunciá-los. Exemplos disso foram os dois homicídios ocorrido na tarde de ontem, em Curitiba. Em nenhum deles a polícia conseguiu descobrir qualquer pista sobre a autoria.

O primeiro crime foi cometido por volta das 13h, em um bosque situado na Rua Bernardino Iatauro, no Órleans. O lugar é bastante freqüentado por usuários de drogas e garotos que jogam futebol. Apesar disso, ninguém contou ter visto a vítima ser executada com um tiro na cabeça e dois no peito. Quando a polícia chegou ao local e tentou descobrir algo, a mesma desculpa: ?não sei de nada, nem moro aqui?.

O desconhecido, caído sob as árvores, trajava calça jeans, camisa social azul e tênis preto. ?Só descobrimos que um indivíduo de blusa verde foi visto saindo correndo?, disse o soldado Mion do 12.º Distrito Policial. Até o começo da noite de ontem, a vítima não estava identificada.

 

Foto: Átila Alberti

Poucas informações também no crime do Órleans.

Outro

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Cerca de uma hora e meia depois, outro crime similar, desta vez no Tatuquara. Um jovem, aparentado ter 20 anos, foi assassinado com dois tiros no rosto e outro no braço, na Rua Joaquim Távora, Jardim da Ordem. Os socorristas do Siate foram até o local, mas a vítima já estava morta. Mais uma vez, curiosos não faltaram e os policiais militares foram obrigados a afastá-los. Crianças também se misturavam no aglomerado de gente, e se empurravam para ver o cadáver. Mais uma vez, apesar de todo o movimento, nenhuma informação. A vítima também não havia sido identificada até a noite de ontem. Quanto aos motivos dos dois crimes: silêncio e mistério.